Relatório publicado nos EUA reforça tese segundo a qual o novo coronavírus escapou de laboratório em Wuhan
Cresce teoria do vazamento de vírus | Foto: CANVA
Divulgado pelo senador republicano Marco Rubio nesta semana, um relatório reforça a tese segundo a qual a covid-19 surgiu no Instituto de Virologia de Wuhan. O documento se baseia em depoimentos de fontes chinesas de alto calibre. Os relatos investigados por meses pela equipe do senador examinam a história da pesquisa em armas biológicas do Partido Comunista Chinês (PCC), que remonta há décadas, bem como o comportamento da sigla antes e depois do surto.
De acordo com o relatório, em 2018, Pequim começou a exercer uma “pressão política intensa” sobre o Instituto de Virologia de Wuhan e outras instituições de pesquisa biológica para “produzir avanços tecnológicos” com aplicações militares.
Cientistas teriam sido pressionados a se afastarem do uso de equipamentos essenciais adquiridos de concorrentes estrangeiros, mesmo quando esses especialistas alertaram sobre preocupações com a segurança.
A resposta do PCC ao surto também sugere que o governo tinha conhecimento sobre a dimensão dos danos, antes de tornar pública a verdadeira natureza do vírus, e que estava ansioso para enganar o público sobre suas prováveis origens.
“A consciência de um incidente laboratorial parece ter moldado a resposta da liderança do PCC ao vírus SARS-COV-2”, observa o relatório. “Uma resposta caracterizada pelo controle estrito das informações, confusão, desvio de atenção, punição de denunciantes e destruição de evidências clínicas cruciais.”
Ocultação da origem da covid-19 para a comunidade internacional
Ainda de acordo com o relatório, mesmo quando Pequim compartilhou informações com a comunidade internacional — como o aviso inicial de um surto de pneumonia, a posterior admissão de que um novo coronavírus era seu agente causador e a publicação de sua sequência genômica — fez isso tardiamente. Em todos os casos, Pequim possuía as informações relevantes por algum tempo antes de compartilhar e divulgou apenas quando foi obrigada por circunstâncias fora de seu controle.
“Assim como Pequim estava descartando a teoria do vazamento do laboratório sobre a origem da covid-19 em âmbito internacional, internamente, Pequim alertava seus funcionários de que o risco de infecções adquiridas em laboratório pelo SARS-COV-2 era significativo e ordenava que reformas regulatórias fossem implementadas imediatamente para melhorar as condições de biossegurança dos laboratórios”, informa o relatório.
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da revista oeste