Os primeiros requerimentos da CPI do MST

Os primeiros requerimentos da CPI do MST

                      Os documentos devem ser votados na terça-feira 23



Ao todo, seis requerimentos pertencem a deputados governistas | Foto: Foto: Reprodução/MST

Instalada na quarta-feira 17, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) já possui 36 requerimentos protocolados. Os documentos devem ser votados na terça-feira 23, quando ocorre a primeira sessão com os 27 integrantes do colegiado.

Ao todo, seis requerimentos pertencem a deputados governistas, como Nilto Tatto (PT-SP), Paulão (PT-AL), Camila Jara (PT-MS) e Dionilson Marcon (PT-RS).

Eles solicitaram uma reunião para debater a omissão do Estado e a violência no campo, sob o argumento de que a reforma agrária ecológica é a resposta do MST ao problema.

Em outro pedido, os petistas solicitaram um encontro para contextualizar e apresentar um diagnóstico sobre a situação agrária do Brasil.

Os outros 30 requerimentos pertencem à oposição, que já ensaia ofertar uma grande dor de cabeça ao governo Lula. O vice-presidente da CPI, deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), apresentou 15 pedidos para convocar ministros, presidentes de empresas que foram invadidas, líderes do MST, da Frente Nacional de Luta (FLN) etc.

Kataguiri deseja ouvir os ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, e Flávio Dino, da Justiça, sobre as invasões do MST. O deputado também quer convocar Walner Junior e Leonardo Mercante, diretores da Suzano, e Luiz Bueno, vice-presidente da empresa — que foi invadida por militantes do MST no início deste ano.

Além disso, o parlamentar pretende ouvir a pesquisadora Silvia Massruhá, presidente da Embrapa; Luciano Lima e Claudio Ribeiro Passos, líderes da FNL; Cláudia Maria Dadico, diretora do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Agrários; e Adelar José Pretto, um dos diretores da Cooperativa dos Trabalhadores da Reforma Agrária Terra Livre.

A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) solicitou a convocação do ministro Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; de João Paulo Rodrigues, um dos líderes do MST; e do presidente do Incra, César Aldrich — que deve explicar na CPI do MST a nomeação de servidores com base em indicações do movimento.

Aldrich também foi alvo de outros dois pedidos de convocação, sendo um de Kataguiri e outro do deputado delegado Fabio Costa (PP-AL). João Pedro Stédile, líder do MST, também recebeu três pedidos de convocação dos deputados Coronel Assis (União Brasil-MT), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Kataguiri.

Assis ainda pediu a convocação da ex-coordenadora do MST Kelli Cristine Mafort, secretária nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas.

Por fim, o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) apresentou um requerimento convocando José Rainha, um dos líderes da FLN; o ex-ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal; e Marcos Antonio “Marrom”, outro líder da FNL. José Rainha também recebeu outros dois pedidos de convocação de Nogueira e Kataguiri.

da revista oeste


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