A construção terá um investimento de aproximadamente US$ 10 milhões
Quando a obra for finalizada, os túneis poderão chegar a 450 metros de profundidade | Foto: Divulgação/Lipari Mineração
A empresa de mineração canadense Lipari vai construir a primeira mina subterrânea de diamantes no Brasil. Quando a obra for finalizada, os túneis poderão chegar a 450 metros de profundidade. A construção terá um investimento de aproximadamente US$ 10 milhões.
Desde o início do século 18, a produção desse tipo de pedra no Brasil é feita em camadas mais superficiais, chamadas de aluvião — depositado em leitos de rios ou em escavações pré-existentes na terra.
A Lipari já opera uma mina de diamantes com capacidade industrial, chamada Braúna 3, no interior da Bahia.
Diferentemente dos aluviões, os diamantes do projeto Braúna 3 serão extraídos de outra camada do solo, o kimberlito — minério subterrâneo em formato de cone, pelo qual parte dos diamantes formados nas profundezas é carregada até a superfície.
Mineradoras ao redor do mundo exploram kimberlitos porque esse minério têm potencial para concentrar quantidade maior de pedras do que os aluviões.
A mudança no modelo de mineração da Lipari
Com o passar do tempo, a mina a céu aberto da mineradora Lipari foi sendo aprofundada e, hoje, os caminhões que carregam os minérios circulam por uma profundidade de 250 metros.
Em seis anos de atividade, a empresa informa ter produzido, na cidade de Nordestina, 1,1 milhão de quilates de diamantes. Hoje, contudo, a mina chegou ao limite.
Caso concretizado, o novo modelo de produção dará mais três ou quatro anos de operação em Braúna 3, o maior de um total de 22 depósitos que a empresa informa possuir em seu complexo na Bahia.
Desde que iniciou as operações, a Lipari se tornou o principal nome na produção de diamantes do Brasil. Em 2021, último ano com dados oficiais disponíveis, a produção da mineradora foi de 134,9 mil quilates. Já a produção nacional ficou em 143 mil quilates.
Os diamantes da Lipari são cortados, lapidados e comercializados em Antuérpia (Bélgica), Dubai (Emirados Árabes) e Índia — três dos polos globais da indústria do diamante.
da revista oeste