Complexo da Papuda, no Distrito Federal Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Cleriston Pereira da Cunha passou mal por volta das 10h no pátio do bloco de recolhimento do presídio, foi atendido por equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros, com protocolo de reanimação cardiorrespiratória. Às 10h58 ele morreu.
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Cleriston poderia estar em liberdade, já que em setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com um pedido de liberdade apresentado pela defesa dele. O órgão levou em consideração que o fim da fase de instrução, com as audiências das testemunhas e do próprio réu, permitia que ele fosse solto, mas seu caso nunca foi apreciado.
A morte de Cleriston foi comunicada à mulher e às duas filhas. A informação foi encaminhada ao STF pela juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do DF, no bojo da ação à qual o acusado respondia por participação no 8 de janeiro.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do DF, Cleriston era acompanhado por equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde da Papuda desde sua detenção, em janeiro. Ele recebia remédios controlados para diabetes e hipertensão.
Cleriston respondia à ação penal por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado.
Após o óbito, o ministro Alexandre de Moraes requisitou à Papuda informações detalhadas sobre o caso, inclusive com cópia do prontuário e relatório médico dos atendimento recebidos por Cleriston durante sua custódia.
*Com informações AE
da redação FM Pleno News