Governador acreano é acusado de chefiar uma Orcrim e incluir praticamente todos do clã Cameli.
Com relatório fechado, o afastamento do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), depende agora da animosidade da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nacy Andrighi. No início desta semana, a Procuradoria Geral da República (PGR), pediu ao STJ, que afaste o chefe do Executivo acreano.
O governador, Gladson Cameli é segundo as investigações das Operações Ptolomeu I-II e III, suspeito de chefiar uma organização criminosa, instalada no próprio governo. Em contrapartida, ele facilitava a liberação de obras públicas para as empresas participantes do esquema. [Veja mais aqui] [Veja mais nesse link]
Além do engenheiro, a PGR, também indiciou dois dos seus irmãos, a ex-primeira-dama e servidores que faziam parte do operativo. O inquérito aponta 13 denunciados.
No caso deste documento enviado ao STJ, a investigação detectou um rombo de R$ 12 milhões do erário público. Contra Cameli, sustentam os crimes de (corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, peculato e fraude a licitação). A defesa diz que a decisão é absurda e arbitraria.
A investigação da Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU), detectou que os crimes iniciaram a partir de 2019. Nesta época, o próprio Gladson chegou a receber R$ 6 milhões só em propina. Vale lembrar que ele se reelegeu mesmo diante de uma enxurrada de denúncias. Na denúncia da PGR, o inquérito menciona o envolvimento da quadrilha em um rombo de R$ 12 milhões dos cofres do estado acriano.
Em abril, o jornalismo do News Rondônia trouxe uma reportagem completa, detalhando o esquema de corrução denunciado nas operações. – Da primeira fase da Ptolomeu, em dezembro de 2022, Gladson já teve seu nome incluído em mais duas edições, desta vez em fevereiro e a última no dia 09 de março. Foi justamente na última delas que veio à tona a ligação de praticamente todos do clã Cameli. [Veja mais aqui]
Com medida de reparação, a justiça solicitou o bloqueio de R$ 10 milhões dos bens de Cameli. [Veja mais aqui].
Além disso, proibiu a aproximação dele com membros família, o que foi liberada há alguns meses.
Por Emerson Barbosa - NR