Discurso de Txai Suruí repercute a urgência na aprovação do Acordo de Escazú.
A COP28, também conhecida como Conferência das Partes, que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, está chegando na reta final. O evento tem despontado não somente para a apresentação de medidas que mitiguem as catástrofes que já acontecem e outras que devem chegar com força nos anos que antecedem.
Quem estar na COP28, relata diversos embates com os membros de países e oligarquias pelos bastidores. A quem afirme que a COP nutre pensamentos contrários do objetivo proposto. Em meio aos vários pensamentos, principalmente daqueles que não estão para o meio ambiente, a ativista rondoniense, Txai Suruí (Walela Soet Xeige), tem tomado a dianteira dos discursos em favor, principalmente da Amazônia brasileira, com foco na existência da floresta, graças aos cuidados e até mesmo pagando com a vida dos povos originários.
No sábado, 09/12, a pauta foi o Acordo de Escazú, que tem como foco o “Acesso à Informação, Participação Pública e Acesso à Justiça em Assuntos Ambientais na América Latina e no Caribe. Foi assinado pelo Brasil em 2018, depois de ampla consulta à sociedade”. No governo Bolsonaro, o documento simplesmente foi engavetado, seguindo somente agora para uma possível aprovação do Congresso Nacional com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O Acordo Escazú se apresenta como instrumento jurídico pioneiro, articulando direitos humanos e proteção ambiental. Um pacto pela promoção da justiça ambiental e climática. O mesmo modelo de desenvolvimento consumidor que geram a mudança climática faz com que os defensores dos direitos humanos e do meio ambiente sejam alvo constante de ameaças e violências. O governo Lula fez uma mudança radical desde que iniciou o seu mandato (2022). Recuperamos praticamente todos os espaços de participação social que haviam sido eliminados no governo anterior”, disse Capobianco.
Na presença do secretário-chefe do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Cabobianco, Txai, defendeu a existência da Floresta Amazônica, reafirmando a sua continuidade graças aos esforços pelos povos originários. “Tem muita gente que fala de Amazônia sem citar os povos indígenas uma vez só! Isso é impossível. Sem a nossa presença não existe floresta. Somos nós que estamos segurando a queda dos céus. Somos nós que estamos impedindo o fim do mundo”, recorda.
A ambientalista, pontuou a importância do Acordo, reiterando a Capobianco que o Governo Federal, atue em favor da sua aprovação da mesma maneira como faz quando existem projetos de interesse. “Para assegurar os nossos direitos, para assegurar a Amazônia, para assegurar que a gente consiga continuar protegendo esse lugar porque nós somos a Amazônia, nós somos brasileiros”, declarou Txai, diante de aplausos do público.
Por Emerson Barbosa -
da redação FM News ROndônia