Deputado petista Washington Quaquá deu um tapa em colega Messias Donato no plenário da Câmara nesta quarta, 20
O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) apresentou uma denuncia contra o também deputado Washington Quaquá à Procuradoria-Geral da República (PGR) por agressão ao colega de Câmara Messias Donato (Republicanos-ES) nesta quarta-feira, 20 de dezembro.
O crime apontado na denúncia é o de prática de vias de fato, previsto no art. 21 da Lei de Contravenções Penais (Decreto-lei no 3.688/1941), cuja pena se estende a até três meses de prisão ou multa.
O episódio, registrado em vídeo, aconteceu durante cerimônia de promulgação da reforma tributária.
A agressão aconteceu quando Quaquá abordou parlamentares da oposição que cantava “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.
O petista se aproxima do grupo com um celular na mão apontado aos opositores e afirmando que vai entrar com uma ação no Conselho de Ética contra eles.
Quaquá então começa a discutir com os parlamentares e Donato até lhe dar um tapa de mão aberta no rosto. O vídeo não captura bem a fala do petista durante a discussão.
O deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) afirma em postagem no X, rede social anteriormente conhecida como Twitter, que Quaquá chamou o colega deputado de “viadinh0”.
Donato informou a O Antagonista que vai registrar um boletim de ocorrência e disse que o tapa de Quaquá “não ficará impune”.
“Um absurdo o que aconteceu hoje. Um desrespeito ao Congresso e aos eleitores que nós representamos. Trata-se de uma ação penal pública incondicionada e que levaremos adiante para que o deputado petista seja devidamente punido”, afirmou Bilynskyj ao apresentar a denúncia.
O deputado do PL de São Paulo ainda afirmou que a oposição está preparando uma denúncia contra Quaquá no Conselho de Ética da Câmara.
Lira pede “decoro” após Lula ser vaiado
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pediu que os parlamentares mantivessem o decoro e respeitassem todas autoridades presentes no plenário da Casa. A declaração do deputado veio depois das vaias de parlamentares da oposição contra Lula.
“O que eu pediria era que nós terminássemos essa sessão com respeito a todas as autoridades constituídas. Vamos guardar nossas convicções para as sessões normais de plenário. Vamos nos comportar com o máximo de decoro”, disse Lira.
Além de Lula, a sessão do Congresso conta com a presença de diversas autoridades, como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).