Movimentação nos bastidores é grande na formatação de nomes para concorrer ao cargo máximo da política local
Estamos iniciando um ano da maior importância para o futuro político não somente de Rondônia, mas do País. Este ano serão realizadas eleições municipais (prefeito, vice e vereador) no próximo mês de outubro, que serão fundamentais para as gerais (presidente da República, governadores e respectivos vices; duas das três vagas ao Senado dos 26 Estados e do Distrito Federal, além de deputados federais e estaduais.
Uma boa performance este ano será vital para 2026, pois são os prefeitos e, principalmente os vereadores, que são lideranças localizadas, que garantem os votos para os demais cargos, porque são eles, que contatam diretamente com o eleitorado 24 horas. O vereador é sempre o primeiro a ser procurado pela população, porque sua casa sempre fica mais próxima e ele tem maior identificação com quem vota.
Eleger o maior número de prefeitos e vereadores é garantir uma base sólida para 2026, para quem tem pretensões de concorrer a cargos eletivos, que dependam do voto da população. Em Rondônia a mobilização em torno de nomes expressivos pelos dirigentes partidários ocorre desde o último trimestre de 2023. Mais do que nunca é necessário formatar boas nominatas para convencer o eleitorado sobre a preferência do voto.
No principal colégio eleitoral do Estado, Porto Velho, mais de 330 mil votos nas eleições de 2022, o prefeito Hildon Chaves (PSDB), que tem, segundo recentes pesquisas, uma ótima aprovação da população está no segundo mandato e não poderá disputar mais um. Ele se prepara para concorrer ao Governo do Estado em 2026 com enormes chances de sucesso. Por isso ele já trabalha a ex-deputada federal e presidente regional do Republicanos, Mariana Carvalho, para entrar na disputa. Ela já foi vereadora na capital e concorreu à prefeitura em 2012 ficando na terceira colocação somando mais de 41 mil votos.
O deputado federal mais bem votado no Estado (mais de 85 mil votos) em 2022, ex-secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo (UB) também está entre os nomes mais cotados. É um político organizado, determinado e muito habilidoso na composição de aliados para atingir seus objetivos.
A deputada federal e ex-vereadora de Porto Velho, Cristiane Lopes (UB) é sempre um nome cotado para a prefeitura da capital, onde ela já foi vereadora e muito bem votada em 2020, quando derrotada pelo atual prefeito, Hildon Chaves que somou 54,45% (109.992 votos) e Cristiane 45,55% (92.015 votos). Se for candidata, tem como maior adversário seu colega de Câmara Federal, Fernando Máximo, pois os dois são do mesmo partido e só um poderá concorrer.
Problema para o presidente regional do União Brasil, governador Marcos Rocha, resolver.
O presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Marcelo Cruz (Sem Partido) é o político com uma invejável escalada no segmento. Se elegeu vereador, depois deputado estadual e no primeiro mandato, já é o presidente do legislativo estadual. Em todas as pesquisas realizadas na capital e no interior seu nome está sempre entre os mais bem avaliados, não importa se a prefeito da capital, senador ou governador.
O ex (vereador, deputado estadual e federal), hoje diretor-geral do Detran-RO, Léo Moraes (Podemos) faz parte da relação de nomes em condições de governar Porto Velho a partir do próximo ano. Leo tem uma ótima identificação com o eleitorado da capital e demonstrou isso nas eleições de governador em 2022, quando não chegou ao segundo turno, apesar de somar mais de 24% dos votos válidos, ficando na terceira colocação.
A lista continua com mais nomes em condições de concorrer ao cargo de prefeito da capital como o advogado e professor universitário da Unir, Vinícius Miguel (PSB). Ele já concorreu a governador em 2018, quando fez mais de 110 mil votos, não se elegeu, mas foi muito bem votado na capital. Nas eleições a prefeito em 2020 ficou na terceira colocação. É nome a ser considerado para as eleições de outubro.
O MDB deverá indicar o advogado, ex-secretário de Saúde (Estado e de Porto Velho), ex-deputado estadual, Williames Pimentel. É o nome preferido do senador Confúcio Moura, que é quem manda, hoje, no partido. Ele já concorreu em 2020, mas não conseguiu chegar ao segundo turno.
Provavelmente o PT deverá lançar a ex-senadora Fátima Cleide, nome de maior expressão da sigla na capital. O partido do presidente Lula já foi muito forte em Rondônia, inclusive elegeu e reelegeu o ex-prefeito Roberto Sobrinho. Atualmente o partido está em baixa no Estado. Não tem representante no Senado, nem na Câmara Federal, e somente a deputada Cláudia de Jesus, de Ji-Paraná, no parlamento estadual. Em Porto Velho não elegeu nenhum vereador.
Se indicada para disputar a Prefeitura de Porto Velho, Fátima terá a missão hercúlea de recolocar o PT no topo da política da capital. E certamente não será por falta de competência e de bons serviços prestados, pois teve passagem positiva no Senado e sempre foi militante ativa do partido em Rondônia.
Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
da redação FM Rondôniadinamica