Funcionários cobram resposta sobre reestruturação de carreira (Foto reprodução) |
A medida é uma resposta ao impasse nas negociações entre os servidores e o governo, relacionadas ao reajuste salarial e à proposta de reestruturação da carreira. Os servidores argumentam que a suspensão das atividades é uma resposta direta à falta de ação e suporte efetivo às missões críticas que desempenham, especialmente em relação à proposta de restruturação da carreira de especialista em meio ambiente, que não obteve resposta do Ministério da Gestão e Inovação (MGI).
A carta destaca que as atividades finalísticas do Ibama podem ser prejudicadas até que as negociações sejam retomadas, incluindo operações de fiscalização ambiental na Amazônia e em terras indígenas, como a Yanomami, vistorias de processos de licenciamento ambiental, prevenção e combate a incêndios florestais, e atendimento às emergências ambientais, entre outras.
O documento salienta que a suspensão das atividades terá impactos significativos na preservação do meio ambiente, responsabilizando os dez anos de abandono da carreira do servidor público, particularmente durante o governo anterior.
Em resposta, o Ibama informou que, até o momento, não foi registrada qualquer paralisação nas atividades de fiscalização. A nota ressalta que os servidores continuam atuando em atividades institucionais, apesar das 1.729 assinaturas contabilizadas até as 14h30 desta terça-feira.
Os servidores do Ibama têm reivindicado melhorias nas condições de trabalho e remuneração. O Ministério do Meio Ambiente instituiu uma mesa de negociação em agosto passado para facilitar o diálogo com os órgãos ambientais e o governo, buscando resolver as demandas dos funcionários da área.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos afirmou estar aberto ao diálogo com os servidores do Ibama e outros órgãos. Destacou a reinstalação da Mesa Permanente de Negociação no início do ano passado e ressaltou que houve reajuste linear de 9% para todos os servidores públicos federais do Poder Executivo, além do aumento de 43,6% no auxílio-alimentação. A pasta também mencionou que o debate sobre reajuste para 2024 está em andamento, com sete acordos já fechados no âmbito das mesas específicas.
da redação FM alô Rondônia