Conversa do alto-escalão do governo em 2022 tem sido usada como prova contra o ex-presidente
O vídeo completo da reunião ministerial realizada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) com o alto-escalão do governo em 5 de julho de 2022 tem mais de 1h30 de duração e não faz nenhuma menção a aplicação de um golpe de Estado.
O material obtido pela Polícia Federal através dos arquivos recuperados do computador do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, tem sido usado como prova de que havia um plano para impedir que Bolsonaro deixasse a Presidência.
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O conteúdo, porém, mostra Bolsonaro indignado com as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a campanha eleitoral que estava em curso, favorecendo seu concorrente direto: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi eleito com uma diferença de pouco mais de 2 milhões de votos.
– Os caras estão preparando tudo, pô, pro Lula ganhar no primeiro turno. Na fraude. Vou mostrar como e por que. Alguém acredita aqui em Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes? Se acreditar, levanta o braço. Acredita que eles são pessoas isentas? Que estão preocupados em fazer justiça, seguir a Constituição? De tudo o que vocês estão vendo? – declarou.
Em parte do vídeo, Bolsonaro diz que qualquer reação do governo, teria que acontecer antes das eleições, porque depois do devido processo eleitoral, seria muito ruim para o país.
– Nós sabemos que se a gente, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém duvida que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições – afirmou. Assista na íntegra aqui.
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