Senador de Rondônia, Bagattoli critica decisão do ministro indicado por Jair Bolsonaro sobre acordos de leniência

Senador de Rondônia, Bagattoli critica decisão do ministro indicado por Jair Bolsonaro sobre acordos de leniência

 Decisão de André Mendonça gera debate sobre tratamento a empresas envolvidas em casos de corrupção.

             
Por Rondoniadinamica

Porto Velho, RO – Em um pronunciamento contundente no Plenário, o senador Jaime Bagattoli (PL) expressou preocupação sobre as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitem a renegociação dos acordos de leniência concedidos a empresas envolvidas em casos de corrupção, como a JBS e a Novonor (antiga Odebrecht), ambas investigadas na operação Lava Jato.

O ministro do STF, André Mendonça, "terrivelmente evangélico" indicado por Jair Bolsonaro, tomou posse no fim de dezembro de 2021. Na última semana, Mendonça autorizou a renegociação dos valores dos acordos de leniência, estabelecendo um prazo de 60 dias para que as partes envolvidas cheguem a um consenso sobre o tema.

A decisão foi vista com preocupação pelo senador Bagattoli e por integrantes da oposição, que apontaram que a suspensão dos pagamentos das multas acordadas durante esse período pode beneficiar as empresas envolvidas em casos de corrupção.

O acordo de leniência é uma modalidade que funciona de maneira similar à delação premiada para empresas. Com a recente decisão do STF, as empresas envolvidas e os órgãos de controle terão 60 dias para efetuar a renegociação dos valores acordados.

A medida tomada por Mendonça gerou debate no âmbito jurídico e político, com partidos como PCdoB, Psol e Solidariedade pedindo a suspensão de todas as leniências firmadas antes do acordo de cooperação técnica de 2020. Eles alegam que a operação Lava Jato usava os acordos de leniência para chantagear acusados.

Dados da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelam que apenas com a Lava Jato e investigações correlatas foram combinados pagamentos de mais de R$ 17,6 bilhões, o que representa a maioria esmagadora dos acordos firmados entre 2017 e 2022.

A audiência de conciliação promovida por Mendonça visou buscar uma solução consensual para os acordos de leniência, contando com a participação de representantes de diversas empresas e órgãos públicos responsáveis por fechar esses acordos.

CONFIRA O VÍDEO:

O discurso de Bagattoli

No discurso, o senador Jaime Bagattoli (PL) iniciou sua participação com uma homenagem às mulheres, destacando sua importância na sociedade em diversos setores. Expressando preocupação com a corrupção no Brasil nos últimos anos e a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação aos acordos de leniência da Lava Jato, Bagattoli ressaltou sua insatisfação como senador e empresário.

Ele questionou a decisão do STF de abandonar os acordos de leniência firmados por empresas como a JBS e a Odebrecht, citando a magnitude dos valores envolvidos e declarando que a corrupção foi reconhecida pelos próprios envolvidos. Além disso, expressou sua preocupação com a crise iminente no agronegócio brasileiro, mencionando a queda na produção e a necessidade urgente de resolver questões relacionadas a créditos para produtores rurais.

Bagattoli também abordou a crise enfrentada pelas empresas aéreas no país, destacando as dificuldades financeiras enfrentadas por elas. Ele ressaltou a importância de um diálogo entre o Congresso Nacional e o STF para pacificar o país e punir aqueles responsáveis por saquear os cofres públicos nos últimos anos.

da redação FM Rondôniadinamica


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