Porto Velho, Rondônia - O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), órgão ligado ao ministério comandado por Silvio Almeida, acionou a ONU (Organização das Nações Unidas) para fazer um alerta sobre o aumento de movimentos neonazistas no Brasil. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o CNDH, há um "alarmante cenário de crescimento" desses grupos, "com aumento do discurso de ódio especialmente direcionado às mulheres, à população negra e à população LGBTQIAP+".
O documento cita casos em Santa Catarina, incluindo um grupo que vendia artefatos nazistas. Além disso, o texto apresenta um estudo realizado pela antropóloga e especialista no tema Adriana Dias, que morreu em 2023, em que mostrou que Blumenau, uma cidade de 365 mil habitantes, tem 63 células neonazistas —a capital paulista, com 12 milhões de moradores, tem 96.
Segundo a reportagem, o CNDH irá enviar uma comitiva a Santa Catarina nesta quarta-feira para oitivas com possíveis vítimas, além de autoridades e especialistas. O roteiro deve incluir ainda Blumenau e Florianópolis. Posteriormente, um relatório deverá ser enviado à ONU.
Silvio Almeida apresenta programas de proteção do Brasil
Nesta segunda-feira, o ministro Silvio Almeida reforçou o comprometimento do país com a proteção dos defensores e defensoras de direitos humanos, durante um encontro com Mary Lawlor, relatora especial sobre a situação dos defensores e defensoras de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Almeida apresentou programas de proteção que hoje integram a estrutura do MDHC e comentou as dificuldades para execução. “Um deles é o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), que é composto por representantes de órgãos do governo federal e da sociedade civil. Sabemos dos problemas de lidar com as desigualdades sociais no Brasil e a gente tem sempre que dialogar sobre os interesses da sociedade civil e do Estado, mas a nossa disposição é totalmente no sentido de resolver essas questões”, colocou.
Fonte: O GLOBO
da redação FM Alô Rondônia