Hospital Al-Shifa se tornou o centro de operações de Israel na Cidade de Gaza. Testemunhas dizem que cenário é de destruição
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmam o fim da operação contra o Hamas no Hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza. Os militares entraram no local no ano passado e, segundo autoridades, capturaram cerca de 900 suspeitos.
Desses, mais de 500 receberam a classificação de agentes terroristas. Também mataram mais de 200 homens armados. Entre mortos e terroristas, comandantes do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina.
Os israelenses descreveram o ataque como uma das operações mais bem-sucedidas da guerra de quase seis meses, desde o dia 7 de outubro. Além dos detidos e mortos, os militares falaram em apreensão de armas e informações valiosas.
Acusações entre Israel e Hamas
Por outro lado, testemunhas descrevem cenas de destruição quando regressam à área em redor do Hospital Al-Shifa. Não necessariamente em ataques feitos pelos israelenses. Na semana passada, o porta-voz das FDI, contra-almirante Daniel Hagari, disse que o Hamas estava “destruindo o Hospital Al-Shifa”.
“Terroristas escondidos ao redor do hospital dispararam morteiros contra as nossas forças, causando grandes danos aos edifícios do hospital”, exemplificou Hagari.
De uma forma ou de outra, os moradores do local dizem ter visto edifícios incendiados e corpos espalhados pelas ruas. Yahia Abu Auf, segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, contou que escavadoras do exército destruíram um cemitério improvisado no complexo hospitalar.
“A situação é indescritível. A ocupação destruiu todo o sentido de vida aqui”, apontou. São palavras muito parecidas com as usadas pelo jornalista Ismail al-Ghoul, da Al Jazeera. “Não há vida aqui. O complexo está em ruínas e não pode ser revivido”, contou.
da redação FM Rondôniadinamica