Porto Velho, Rondônia - Condenado e preso por estupro coletivo cometido na Itália, em 2013, o ex-jogador de futebol Robinho se pronunciou via assessoria de imprensa em seu Instagram, nesta quarta-feira. Na publicação, ele faz um apanhado de direitos constitucionais que supostamente teriam sido violados durante o julgamento e análise do caso.
O post lista uma série de fatores processuais que os advogados acusam de terem sido violados, como a natureza da Lei de Migração. Ainda de acordo com a defesa do preso, como esta é uma lei penal, ela não poderia atuar de forma retroativa na condenação do réu. A situação seria contrária à determinação da Constituição Federal, em que uma lei penal não poderia atuar dessa maneira a prejudicar o acusado. A atitude da defesa de Robinho questiona o cumprimento de uma sentença estrangeira em terras brasileiras.
Conhecida como Tremembé 2, a penitenciária Doutor José Augusto Salgado, na região do Vale do Paraíba, recebe pessoas envolvidas em casos com grande repercussão nacional. Preso desde o final de março passado, Robinho compartilha uma cela de oito metros quadrados no pavilhão 01, com um homem de 22 anos suspeito de "induzir ou instigar alguém a suicidar-se, ou a praticar automutilação".
Além deles, também são encaminhados os condenados por crimes de estupro. O local recolhe, ainda, ex-agentes penitenciários e ex-policiais.
A entrada do complexo penitenciário de Tremembé — Foto: Marcelo Piu
O presídio fica a 130 km de distância da capital paulista, o complexo penitenciário de Tremembé. O recinto já abrigou figuras marcantes de alguns dos crimes mais chocantes da história do Brasil, como Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Gil Rugai e Lindemberg Alves.
Veja como é a cela em que Robinho está preso
Cela onde Robinho está preso tem 2m x 4m e é dividida com outro detento — Foto: Arte O GLOBO
Na cadeia, Robinho se alimenta como os outros presos, mediante o cardápio geral da Secretaria de Administração Penitenciária. Sua cela conta com um vaso sanitário, pia e uma cama.
Com capacidade para 408 pessoas, a maioria dos presos possui ensino médio ou nível superior completo. A prisão é considerada uma das mais controladas, com menos presos e por não receber pessoas ligadas a facções criminosas.
Fonte: O GLOBO
da redação FM Alô Rondônia