Empresário Nelson Tanure negocia com investidores para entrar na privatização da Sabesp, diz agência

Empresário Nelson Tanure negocia com investidores para entrar na privatização da Sabesp, diz agência

 


          Equatorial Energia e Aegea são as candidatas mais fortes para o leilão da empresa de saneamento de São Paulo, que deve ocorrer até o terceiro trimestre deste ano

Porto Velho, Rondônia - O empresário Nelson Tanure avalia entrar na oferta de privatização da Sabesp, segundo pessoas familiarizadas com o assunto revelaram à agência Bloomberg.Tanure discutiu com investidores a possibilidade de participar da oferta e estuda fazer parte de um consórcio.

Tanure não revelou o valor desse investimento e não está claro se pretende se tornar um acionista estratégico da companhia.

Nos últimos meses, o empresário tentou fazer algumas aquisições, sem sucesso. Ele tentou comprar uma participação na Dasa, mas a empresa fechou acordo para fusão de sua rede de hospitais com a Amil, outra companhia que o empresário tentou adquirir em 2023.

A privatização da Sabesp, que deverá ser uma das maiores ofertas no mercado de capitais brasileiro este ano, ocorre num momento de cenário adverso no mercado financeiro brasileiro. A Bolsa brasileira está em queda e o dólar tem se valorizado devido às preocupações crescentes sobre as contas públicas do governo e reagindo também à expectativa de que os Estados Unidos mantenham os juros elevados por mais tempo.

As condições desafiadoras do mercado fizeram com que um dos consórcios entre a Veolia, a gigante francesa de serviços ambientais, e o IG4, um fundo brasileiro que investe em ativos alternativos, abandonasse seu plano de participar da disputa, segundo fontes. A Cosan também teria decidido abandonar a oferta.

A Equatorial, distribuidora de energia, e a Aegea, empresa de capital fechado que já atua no saneamento, são os candidatos mais fortes a se tornarem investidores estratégicos da companhia de saneamento de São Paulo. A Aegea atua em parceria com o fundo soberano GIC, de Cingapura GIC, a Itaúsa e o fundo brasileiro Kinea Investimentos.

Tanure, Veolia e IG4 não responderam a pedidos de resposta da Bloomberg. Equatorial, Aegea e Cosan afirmaram que não iriam comentar. O governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, disse que a oferta pública se encontra em período de silêncio e que toda divulgação se dará por meio do prospecto e fatos relevantes da empresa.

Atualmente, Tanure é um dos principais acionistas da produtora de petróleo e gás Prio e da incorporadora Gafisa. Investidor conhecido por sua experiência com ativos problemáticos, ele é também um dos principais acionistas da Light, que recentemente fechou um acordo de reestruturação de dívida com credores, mas permanece sob recuperação judicial.

De acordo com o modelo de privatização definido pelo governo de São Paulo, a oferta de ações terá um investidor estratégico, com o acionista de referência ficando com ao menos 15% das ações. O governo do estado de São Paulo pretende reduzir sua participação na empresa para cerca de 20%, dos atuais 50,3%.

O objetivo da gestão do governador Tarcísio de Freitas é finalizar a privatização no terceiro trimestre deste ano.


Fonte: O GLOBO

da Redação FM Alô Rondônia

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