Morango está mais caro e escasso em plena safra da fruta; entenda o motivo

Morango está mais caro e escasso em plena safra da fruta; entenda o motivo

 

          Alimento chega a custar R$ 20 nos supermercados de Belo Horizonte; altas temperaturas no começo do outono atrapalharam a produção


Porto Velho, Rondônia - No supermercado ou sacolão, o morango está lá, mas em pouca quantidade e caro. A bandeja passa dos R$ 10,00 na maioria dos estabelecimentos, em alguns locais supera os R$ 20,00. Entretanto, é justamente no período mais frio do ano que temos a safra da fruta. O que aconteceu este ano?

Segundo a Emater, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais, o sul de Minas é responsável por quase 90% da produção no estado, em especial na cidade de Pouso Alegre. A fruta dessa região também abastece o mercado dos estados do Sudeste do país. A entrada da nova safra de morango geralmente ocorre em abril, mas condições climáticas do início do ano atrasaram a colheita do produto, como explica o coordenador regional de Culturas da Emater-MG, Hélio João de Farias.

— No início do outono, quando as plantas estão começando a desenvolver, tivemos temperatura acima de 30 graus durante o dia, com isso, não houve a indução floral. Um novo ciclo leva 60 dias. Só agora a situação está se normalizando. Fora isso, também muitas mudas que são importadas normalmente da Argentina, Chile e Espanha demoraram a chegar para os produtores — diz o coordenador.

A produção estimada deste ano é de 173 mil toneladas de morango na região, uma média de 51,3 mil quilos por hectare. 97% da produção da fruta no Sul de Minas vêm da agricultura familiar. A planta pequena e delicada, rente ao solo, exige muita mão de obra em uma postura nada ergonômica. Os trabalhadores ficam abaixados ou curvados durante o cultivo, manutenção e colheita. Os produtores buscam pelo plantio suspenso, mas o custo do investimento por planta pode sair de R$ 5 para até R$ 25 reais por planta.

Morango está mais caro e escasso em plena safra da fruta — Foto: Shirley Souza

— Esse cultivo suspenso vem para ajudar o produtor na questão da ergonomia porque o produtor trabalhar agachado e isso leva a sérios problemas de coluna. Com esse sistema também daria para explorar a muda por cerca de dois anos, isso é mais que o dobro do tempo de vida da muda cultivada no chão. 

Além disso, o cultivo protegido, na forma de estufa, a gente tem mais controle também do substrato por conta de algumas doenças e pragas, então, é um manejo que vem para facilitar tanto a qualidade quanto a quantidade, mas a questão principal é o custo — avalia Hélio João de Farias.

Com relação ao uso de agrotóxicos, comum nesse tipo de produção, a recomendação da Emater é fazer a substituição do produto químico pelo biológico. No caso de uso dos defensivos agrícolas, a orientação é que sejam apenas os registrados no Ministério da Agricultura, respeitando os intervalos de segurança e todo o intervalo de carência.

Por causa da baixa oferta do morango nos últimos meses, a caixa com um quilo de morangos, com quatro bandejinhas, chegou a ser comercializada entre R$30 e R$35. Com a nova safra, os preços devem reduzir um pouco. A expectativa é que o quilo do produto chegue a R$25, cerca de R$6 a bandeja.


Fonte: O GLOBO

da redação FM Alô Rondônia
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