Porto Velho, Rondônia - Pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) fez mais um movimento para se aproximar da pauta da segurança pública e vai contar com o coronel da reserva Alexandre Gasparian para formular propostas da área.
Gasparian comandou a Rota, batalhão de elite da Polícia Militar paulista, durante o governo Geraldo Alckmin (PSB). Tradicionalmente vista como distante da esquerda, a segurança é apontada pelos moradores da capital como o maior problema para os paulistanos, segundo Datafolha divulgado em março.
O anúncio do novo colaborador ocorre após o principal rival de Boulos na disputa, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), confirmar como seu vice o ex-coronel da Rota Ricardo Mello de Araújo (PL), nome defendido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para a chapa. A equipe de Boulos já contava com o apoio de Benedito Mariano, ex-secretário de Segurança Pública de Diadema e ex-ouvidor das polícias do estado de São Paulo, que coordena a parte de segurança do programa.
O deputado estadual Antônio Donato (PT), que costura o plano de governo de Boulos, disse ao GLOBO que Gasparian vem como “mais uma experiência na área da segurança pública” dentro da pré-campanha, que hoje também conta com integrantes da Guarda Civil Metropolitana.
— É mais uma experiência com uma visão de segurança pública que, apesar de não ser um tema que a prefeitura tem o papel central, a gente quer exercê-lo plenamente, diferentemente da atual gestão — afirmou.
Sobre o fato de Gasparian ser ex-Rota, uma polícia conhecida por ser mais “linha dura” e letal, Donato afirma que até o momento o ex-coronel apresentou “uma visão de polícia que respeita o cidadão, independentemente de quem for”.
Boulos tem criticado abertamente a escolha de Nunes de ter como vice um ex-coronel da Rota, mas o pré-candidato do PSOL defende que não há contradição no discurso porque Gasparian “defende uma equipe que respeite os direitos humanos”.
— O coronel Gasparian ficou poucos meses na rua, e quando esteve lá trabalhou na prisão de 16 policiais da Rota. Nós vamos trazer na nossa equipe de segurança pública pessoas que foram da Polícia Civil, pessoas da Guarda, e pessoas também de organizações de direitos humanos. Segurança não pode ser confundida com violência — disse Boulos em entrevista ontem ao SBT.
Gestão de sete meses
Gasparian ficou no comando da Rota durante apenas sete meses, entre fevereiro e setembro de 2015. Em agosto daquele ano, foram registrados crimes que ficaram posteriormente conhecidos como chacina de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, nos quais 19 pessoas foram mortas supostamente por policiais militares da Rota. Durante a gestão de Gasparian, ao menos dez policiais acusados de execuções foram presos.
Entre as propostas de Boulos para a segurança pública, está a ampliação do efetivo da Guarda Civil Metropolitana, para fazer o policiamento de proximidade ou em locais de grande circulação, como pontos de ônibus na periferia, ronda escolar e saída de grandes eventos. Boulos ainda sugere fazer uma “força-tarefa” contra roubos de celulares, nos moldes de uma política adotada pelo Piauí, que recuperou seis mil aparelhos roubados em nove meses.
Outro aceno recente de Boulos relacionado ao tema é o apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da polícia municipal, que tramita na Câmara dos Deputados e amplia a atribuição das guardas municipais. Ao SBT, o psolista afirmou que a PEC contará com seu apoio e que a Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, que já anda armada, seguirá portando armas caso seja eleito.
— A guarda de São Paulo já é armada, e seguirá armada. Ela já tem esse poder (de polícia). A PEC da Polícia Municipal não muda o poder, a atribuição que ela já tem. Ela passa a se chamar polícia municipal e dá outros benefícios aos guardas, e terá o meu apoio. Às vezes se coloca uma falsa polêmica como se quem é de esquerda não defendesse o papel da guarda, o que a gente não defende é o modelo de segurança pública — argumentou o deputado.
Em janeiro, em outra tentativa de se aproximar da pauta, Boulos foi ao Centro da capital conversar com comerciantes após imagens de assaltos em lojas da região começarem a rodar nos noticiários e nas redes sociais. No mês seguinte, ele fez postagens com críticas ao atual prefeito:
“Todos os dias, há notícias mostrando a escalada da violência no centro. E Ricardo Nunes continua se omitindo de responsabilidade”.
Fonte: O GLOBO
O anúncio do novo colaborador ocorre após o principal rival de Boulos na disputa, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), confirmar como seu vice o ex-coronel da Rota Ricardo Mello de Araújo (PL), nome defendido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para a chapa. A equipe de Boulos já contava com o apoio de Benedito Mariano, ex-secretário de Segurança Pública de Diadema e ex-ouvidor das polícias do estado de São Paulo, que coordena a parte de segurança do programa.
O deputado estadual Antônio Donato (PT), que costura o plano de governo de Boulos, disse ao GLOBO que Gasparian vem como “mais uma experiência na área da segurança pública” dentro da pré-campanha, que hoje também conta com integrantes da Guarda Civil Metropolitana.
— É mais uma experiência com uma visão de segurança pública que, apesar de não ser um tema que a prefeitura tem o papel central, a gente quer exercê-lo plenamente, diferentemente da atual gestão — afirmou.
Sobre o fato de Gasparian ser ex-Rota, uma polícia conhecida por ser mais “linha dura” e letal, Donato afirma que até o momento o ex-coronel apresentou “uma visão de polícia que respeita o cidadão, independentemente de quem for”.
Boulos tem criticado abertamente a escolha de Nunes de ter como vice um ex-coronel da Rota, mas o pré-candidato do PSOL defende que não há contradição no discurso porque Gasparian “defende uma equipe que respeite os direitos humanos”.
— O coronel Gasparian ficou poucos meses na rua, e quando esteve lá trabalhou na prisão de 16 policiais da Rota. Nós vamos trazer na nossa equipe de segurança pública pessoas que foram da Polícia Civil, pessoas da Guarda, e pessoas também de organizações de direitos humanos. Segurança não pode ser confundida com violência — disse Boulos em entrevista ontem ao SBT.
Gestão de sete meses
Gasparian ficou no comando da Rota durante apenas sete meses, entre fevereiro e setembro de 2015. Em agosto daquele ano, foram registrados crimes que ficaram posteriormente conhecidos como chacina de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, nos quais 19 pessoas foram mortas supostamente por policiais militares da Rota. Durante a gestão de Gasparian, ao menos dez policiais acusados de execuções foram presos.
Entre as propostas de Boulos para a segurança pública, está a ampliação do efetivo da Guarda Civil Metropolitana, para fazer o policiamento de proximidade ou em locais de grande circulação, como pontos de ônibus na periferia, ronda escolar e saída de grandes eventos. Boulos ainda sugere fazer uma “força-tarefa” contra roubos de celulares, nos moldes de uma política adotada pelo Piauí, que recuperou seis mil aparelhos roubados em nove meses.
Outro aceno recente de Boulos relacionado ao tema é o apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da polícia municipal, que tramita na Câmara dos Deputados e amplia a atribuição das guardas municipais. Ao SBT, o psolista afirmou que a PEC contará com seu apoio e que a Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, que já anda armada, seguirá portando armas caso seja eleito.
— A guarda de São Paulo já é armada, e seguirá armada. Ela já tem esse poder (de polícia). A PEC da Polícia Municipal não muda o poder, a atribuição que ela já tem. Ela passa a se chamar polícia municipal e dá outros benefícios aos guardas, e terá o meu apoio. Às vezes se coloca uma falsa polêmica como se quem é de esquerda não defendesse o papel da guarda, o que a gente não defende é o modelo de segurança pública — argumentou o deputado.
Em janeiro, em outra tentativa de se aproximar da pauta, Boulos foi ao Centro da capital conversar com comerciantes após imagens de assaltos em lojas da região começarem a rodar nos noticiários e nas redes sociais. No mês seguinte, ele fez postagens com críticas ao atual prefeito:
“Todos os dias, há notícias mostrando a escalada da violência no centro. E Ricardo Nunes continua se omitindo de responsabilidade”.
Fonte: O GLOBO
da redação FM Alô Rondônia