Facções: A matança cruza as fronteiras dos conjuntos habitacionais e chega ao Centro de Porto Velho

Facções: A matança cruza as fronteiras dos conjuntos habitacionais e chega ao Centro de Porto Velho

               Guerra entre facções aterroriza a sociedade e exige mais intervenção do poder público



       
Por Rondoniadinamica


Porto Velho, RO – A violência que antes se restringia aos conjuntos habitacionais de Porto Velho agora invade as áreas centrais da cidade, trazendo terror e insegurança para todos. A guerra entre facções criminosas, que antes era confinada a locais como o Morar Melhor e o Orgulho do Madeira, agora se espalha, ameaçando a paz e a segurança de toda a população. O recente assassinato no Subway da Avenida Jorge Teixeira com Abunã é um claro exemplo dessa escalada de violência, demonstrando que os criminosos perderam o temor de guerrear em meio à população civil.

Os assassinatos de duas pessoas, ocorridos em menos de 12 horas, são emblemáticos desse novo cenário de terror. Um homem de 31 anos foi morto a tiros em um bar na zona leste da capital. Horas depois, suposto membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), de 25 anos, foi executado na frente da esposa no Subway da Jorge Teixeira com Abunã. Esses crimes, cometidos com frieza e brutalidade, mostram que a disputa entre facções já não respeita mais limites geográficos ou civis.

A sociedade de Porto Velho vive um momento de extrema tensão. Muitos cidadãos, cansados de esperar por intervenções políticas eficazes, chegam ao ponto de desejar que os criminosos resolvam suas pendências entre si, mesmo que isso signifique execuções sumárias. Esse sentimento de desespero e resignação é alarmante e ressalta a urgência de uma ação mais efetiva por parte das autoridades.

O coronel bombeiro militar Felipe Bernardo Vital, à frente da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec/RO), tem realizado um trabalho excepcional, mas enfrenta o desafio de "enxugar gelo" ao lidar com faccionados que não hesitam em espalhar o caos.

A necessidade de um policiamento ostensivo mais robusto e de medidas complementares é evidente. Sem uma resposta firme e contínua, a população de Porto Velho continuará à mercê dessa violência desenfreada.

A guerra entre facções não só ameaça diretamente os envolvidos, mas também coloca em risco a vida de inocentes. A execução no Subway é um exemplo claro de como a violência pode atingir qualquer um, a qualquer momento. A esposa do executado, ferida no ataque, é um lembrete trágico de que as balas perdidas não escolhem alvos.

A intervenção do poder público é crucial. O aumento do policiamento ostensivo, operações específicas contra facções e um maior investimento em segurança pública são passos essenciais. A Sesdec/RO precisa de mais recursos e apoio para combater essa guerra que se desenrola nas ruas de Porto Velho.

Enquanto os criminosos resolverem suas disputas em locais públicos, a sensação de insegurança só aumentará.

A população exige uma resposta. Sem ações contundentes, o temor é que os efeitos colaterais dessa guerra sejam ainda mais devastadores, com um aumento inevitável no número de vítimas inocentes..

da redação FM Rondôniadinamica

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