Governo realiza treinamento com profissionais de saúde para diagnosticar casos de hanseníase em municípios de Rondônia

Governo realiza treinamento com profissionais de saúde para diagnosticar casos de hanseníase em municípios de Rondônia

                                                O tratamento da hanseníase é gratuito pelo SUS



          
Por Valbran Junior


Ao longo deste mês de julho, o governo de Rondônia vem desenvolvendo uma série de ações dentro da programação do Julho Roxo, uma estratégia para lembrar que a hanseníase, apesar de ser uma das doenças mais antigas, ainda é um enorme desafio sanitário a ser combatido. Uma das principais ações tem sido o treinamento de profissionais da medicina e enfermagem sobre métodos de diagnóstico. Uma equipe da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa/RO) seguiu na terça-feira (16), para capacitar profissionais nos municípios de Santa Luzia do Oeste, Castanheiras, Parecis e Novo Horizonte do Oeste.

As ações acontecem em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde (Semusa) de Porto Velho. Cerca de 100 pessoas que atuam no sistema prisional da Capital e em unidades de saúde já participaram das capacitações.

DIAGNÓSTICO

Em um treinamento realizado na terça-feira (16), na Unidade de Saúde da Família Ronaldo Aragão, no Bairro Nacional, um caso novo foi confirmado em uma mulher que nem desconfiava estar com a doença. Uma enfermeira suspeitou de manchas na pele da paciente e a levou ao médico, que confirmou o diagnóstico. O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, destacou que durante a ação a mãe de família foi diagnosticada e já iniciou o tratamento, “não vai transmitir aos familiares e, principalmente, em breve estará curada,” pontuou.

Segundo a enfermeira da equipe técnica do Programa Estadual da Hanseníase da Agevisa, Albanete Mendonça, além da complexidade do diagnóstico, especialmente pela falta de capacitação de profissionais da saúde, a falta de informação, o desconhecimento sobre as formas de transmissão e a existência da cura, há ainda o estigma devido às sequelas físicas que a doença pode causar.

“Tão logo a doença seja diagnosticada, a pessoa para de transmitir a doença quando começa a fazer uso do medicamento. Isso reforça ainda mais a importância de buscar auxílio médico quando forem percebidos os primeiros sinais. Além de se curar e garantir qualidade de vida ao evitar sequelas, o paciente também evita a infecção de outras pessoas”, explicou a enfermeira.

PARCERIA E INCLUSÃO

O governo do estado renovou a parceria com a Fundação NHR Brasil, uma entidade civil que desenvolve pesquisas e projetos que contribuem para a inclusão e autonomia de pessoas acometidas de hanseníase. Em Rondônia, desenvolve um projeto de fabricação de biojoias, em parceria com a Agevisa.

O tratamento da hanseníase é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser iniciado logo após o paciente ser diagnosticado com a doença, podendo ter duração de seis meses a um ano, dependendo do tipo de evolução da doença.


da redação FM Rondôniadinamica

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