SAÚDE PÚBLICA SOFRE COM AS FILAS DE CIRURGIAS ATRASADAS, COM O HEURO QUE NÃO SAI DO CHÃO E COM A INFERNAL BUROCRACIA

SAÚDE PÚBLICA SOFRE COM AS FILAS DE CIRURGIAS ATRASADAS, COM O HEURO QUE NÃO SAI DO CHÃO E COM A INFERNAL BUROCRACIA

 

OPINIÃO DE PRIMEIRA
                                                   A íntegra da coluna redigida por Sérgio Pires



SAÚDE PÚBLICA SOFRE COM AS FILAS DE CIRURGIAS ATRASADAS, COM O HEURO QUE NÃO SAI DO CHÃO E COM A INFERNAL BUROCRACIA

O médico, com mais de uma década e meia de experiência de profissão, saiu do hospital, entrou no seu carro e começou a chorar. Além de um grande e dedicado profissional, é um ser humano que se emociona com a tragédia alheia. Não conseguiu suportar o sofrimento que viu de perto; a falta de estrutura e os problemas que prejudicam o trabalho dos profissionais da saúde e causam uma espécie de martírio para os doentes. A cena, real, de certa forma sintetiza a situação da saúde pública que, mesmo com todos os investimentos e esforços, não consegue dar conta de tanta gente que dela precisa. Não há ações ou respostas do governo? Claro que as há. Mas as deficiências são tantas e acumuladas há tantos anos, que por mais que se faça, quatro ou cinco vezes mais há que se fazer. O tema não sai da pauta, também na semana em que o sempre superlotado Hospital João Paulo II foi apresentado ao país, no programa Domingo Espetacular da Record, como o pior do Brasil. Certamente não o é, não só porque tem uma das equipes de profissionais inigualável, como porque há situações piores, em recantos distantes desta gigantesca nação. Mas serve de alerta: precisamos melhorar muito. E com urgência. O Estado anuncia várias medidas na área da saúde, inclusive para diminuir a fila quilométrica, de cerca de cinco mil cirurgias, numa interminável fila de espera. O governo mostra avanços, por exemplo, no Hospital de Retaguarda, o antigo Regina Pacis. Só nele foram feitas, segundo a Sesau, 2.104 cirurgias no primeiro semestre. Isso significa 350 por mês; mais de onze por dia. É um bom número, mas os problemas da saúde são muito maiores.

Um deles, muito grave, é a parada total nas obras do Hospital de Urgência e Emergência. Começou na gestão de Confúcio Moura, ao lado do Hospital de Base, ficou só nos pilares. Anunciado em sistema privado, em que uma empresa faz a obra, a aluga por 30 anos ao Estado e depois ele passa a ser público, o Heuro continua parado. Quase dois anos foram perdidos. Ao que tudo indica, se terá que começar tudo de novo. Sem o Heuro, que ajudaria a desafogar o João Paulo II, que é o que nos resta, não há solução para os graves problemas que ele enfrenta. Mutirões de cirurgias e outras medidas emergenciais podem aliviar, mas o restante da estrutura hospitalar precisa ainda avançar muito, mesmo que se saiba que os gestores, além das imensas dificuldades do setor, ainda têm que enfrentar uma burocracia infernal, até para comprar produtos básicos e essenciais para cirurgias, apenas como um exemplo. Enquanto não houver medidas práticas, urgentes e desburocratizadas; enquanto o Heuro for apenas um esqueleto sem corpo; enquanto não se acabar com a filas das cirurgias, não teremos uma saúde pública à altura do que o rondoniense precisa e merece!

 

 

SURPRESA: PARANÁ APONTA MARIANA CARVALHO COM O DOBRO DA INTENÇÃO DE VOTO A LÉO MORAES

Pesquisas pré-eleitorais e principalmente tanto tempo antes de uma disputa, tendem a não serem levadas muito a sério e a ter menos crédito. Aliás, as pesquisas, no geral, têm deixado o público cada vez mais cético, principalmente depois do que aconteceu na eleição de Bolsonaro, em 2018. Mas, as do Instituto Paraná, no geral, se tornaram exceção. Ainda merecem alguma crença, até porque há muitos anos elas têm acertado em Rondônia, muito perto da realidade dos números apontados pelas urnas. O introito é importante para se afirmar que a pesquisa da Paraná, divulgada esta semana, mesmo trazendo números surpreendentes, não pode ser ignorada. Enquanto todas as pesquisas anteriores apontavam quase um empate técnico entre Mariana Carvalho e Léo Moraes, a da Paraná coloca a ex-deputada com o dobro das intenções de voto do ex-diretor do Detran. Outro dado interessante, que também muda uma “quase verdade” disseminada nos bastidores da política, de que Mariana teria enorme rejeição, não se confirmou. Na pesquisa da Paraná, a rejeição de Léo está um pouco acima da de Mariana. O terceiro nome lembrado pelo eleitor pesquisado, foi o do professor e advogado Vinicius Miguel, do PSB. Muito longe dos líderes, mas está lá, se destacando na pesquisa.

 

MARCOS ROCHA E HILDON CHAVES SÃO BEM AVALIADOS, MAS O GOVERNO LULA TEM DESAPROVAÇÃO DE MAIS DE 62 POR CENTO

Outra informação importante da Paraná Pesquisa, foi a relação dos rondonienses com o governo de Marcos Rocha e a dos porto-velhenses com o de Hildon Chaves. Ambos estão com níveis de aprovação bastante significativos. Segundo a pesquisa, o governo Marcos Rocha tem 66,2 de aprovação da população do seu Estado. Para 11,8 por cento ela é ótima e para 34,5 por cento é boa. Os que desaprovam estão na faixa do eleitorado da oposição: 28,7 por cento. Já em relação a Hildon Chaves, os números são ainda melhores. Ele tem, no geral, 76,3 por cento de aprovação, com 21,8 de ótimo e 36,9 de bom. A desaprovação da administração municipal bate nos 18,5 por cento. E o governo Lula, como está indo, na avaliação do eleitorado rondoniense? Não é surpresa que haja uma grande maioria que desaprova a gestão do petista, até pela oposição forte em Rondônia, que é um Estado conservador e que não aceita, em números bem claros, um governo de esquerda. A desaprovação de Lula entre nós bate nos 62,5 por cento, enquanto os que o aprovam (e é um percentual também conhecido dos que preferem um governo socialista), bate nos 33,7 por cento. Apenas 6,3 por cento dos entrevistados consideram o atual governo federal ótimo, com 16,5 o avaliando como bom. Também não surpreende a avaliação de governo péssimo por 41,8 por cento do eleitorado rondoniense. Enfim, tanto o governo do Estado quanto o Municipal, em Porto Velho, estão tendo aprovação da maioria. O governo petista, dentro do que se esperava, tem aval apenas de uma minoria. Forte e significativa, mas minoria.

 

JORNALISMO RONDONIENSE PERDE ALGUNS DOS SEUS MAIORES NOMES EM POUCOS ANOS

O jornalismo rondoniense perdeu alguns dos seus grandes nomes nos últimos anos, a maioria num curto espaço de tempo, muitos atingidos diretamente pela Covid 19 ou pelas sequelas que ela deixou. A última dessas vítimas foi o jornalista, radialista, apresentador de TV e advogado Dalton di Franco. Ele faz parte de um grande rol de nomes da nossa mídia que foram sendo levados, alguns depois de longo sofrimento. Pereceram por causa do vírus mortal, entre tantos outros, personagens queridos pelo público rondoniense, como Marcelo Bennesby, Professor Francisco Matias, Adilson Santos (da SICTV) , Cléo Subtil, Gessy Taborda e Anysinho Gorayeb. Outras vidas do meio também se perderam nestes anos de tristeza para toda a classe, não pela Covid, mas por outras doenças. Entre eles, o inesquecível Euro Tourinho, que se foi depois de uma vida longa e cheia de conquistas e o fundador do jornal O Estadão do Norte, o polêmico e controverso Mário Calixto, que morreu do coração em junho de 2020. Outra perda inesquecível foi a de Lucivaldo Souza, vítima de um câncer, que se foi em março de 2022. Some-se a ele, Sérgio Mello (que faleceu em 2015) e Miguel Silva, em janeiro de 2020. Mas há muitos outros, que também não são esquecidos. A perda de Dalton di Franco, aos 64 anos, foi mais uma a se lamentar, entre os nomes mais conhecidos e respeitados da imprensa rondoniense. 

 

 

HAVAN VAI RECOLOCAR ESTÁTUA DA LIBERDADE EM FRENTE À LOJA DA AVENIDA JORGE TEIXEIRA, EM PORTO VELHO

A decisão foi tomada há alguns dias atrás. O poderoso dono das lojas Havan, Luciano Hang, já comunicou que será reconstruída a estátua destruída pelo fogo por criminosos, no final do ano passado e que, até hoje, está só com o esqueleto no local onde brilhava a Estátua da Liberdade e sua tocha. Os bandidos que destruíram a estátua até hoje não foram pegos, mesmo depois de várias investigações. Hang tinha decidido, a princípio, que ao invés de reconstruir o patrimônio queimado, iria colocar uma estátua na loja da BR 364, na entrada da cidade. Mas, certamente depois de ouvir muitos apelos (incluindo o da candidata a prefeita de Porto Velho, Euma Tourinho, que gravou um vídeo para as redes sociais, pedindo a reconstrução) o Véio da Havan, como gosta de ser chamado Luciano Hang, mudou a estratégia. Uma das primeiras pessoas a saber da decisão foi o empresário Tito Cordeiro, do grupo Federal Burger, que tem filiais em lojas da Havan de Porto Velho e de Manaus. Tito, aliás, informou ainda que a nova estátua já está na reta final de acabamento e será recolocado em frente à loja da BR 319 (avenida Jorge Teixeira) em breve. A Havan tem 176 lojas em 23 estados e no Distrito Federal. A estátua de Porto Velho foi a única atacada por doentes ideológicos, certamente patrocinados por gente pior que eles...

 

PREFEITA DE GUAJARÁ FICOU MENOS DE DUAS SEMANAS NO CARGO E JÁ FOI DEFENESTRADA DE NOVO, COM NOVAS DENÚNCIAS

Durou pouco mais de uma semana. Uma nova operação da polícia rondoniense contra o crime organizado afastou, novamente, a prefeita de Guajará Mirim, Raíssa Bento, porque a Justiça acatou novo pedido do Ministério Público neste sentido. A nova operação, desencadeada poucos dias depois que Raíssa tinha sido autorizada a voltar ao comando da Prefeitura da sua cidade, depois de vários meses de afastamento, está apresentando denúncias de novos desvios, agora na ordem de 5 milhões de reais. Foram cumpridos, desta vez, 12 mandados de busca e apreensão e três de afastamento de cargos públicos, incluindo o caso da própria Prefeita. A nova investigação, que envolve vários setores da polícia, no combate ao crime organizado e à corrupção, está em busca de mais provas do que as já levantadas até agora, numa licitação de combustíveis, que teria sido totalmente irregular e numa obra de reforma do Mercado Municipal. Os prejuízos aos cofres públicos seriam na ordem de 5 milhões de reais. Com o novo afastamento, Raíssa Bento perde sua última oportunidade de participar da disputa pela reeleição. Quem assume novamente é sua vice, Mary Granemann, ela sim, agora, passa a ser nome forte para mais um mandato. Mary tem o apoio público da única deputada estadual da cidade, a advogada Thaissa Sousa.

 

IFRO RETOMA ANO LETIVO APÓS UMA DAS MAIS LONGAS GREVES, QUE ACABOU COM CONQUISTAS IMPORTANTES DOS SERVIDORES FEDERAIS

Depois e uma greve que durou 84 dias e de conquistas importantes para a categoria dos professores federais, finalmente as aulas retornaram nos institutos federais de Rondônia, assim como em todos Brasil afora. Haverá, certamente, um calendário especial para recuperar as aulas perdidas. Nesta semana, as atividades acadêmicas e jogos já começaram, tanto na unidade da zona norte quanto da Calama, em Porto Velho. Nas demais unidades, cada uma está fazendo seu calendário, de forma que as aulas retomem e os bimestres, a partir do recomeço, não tenham mais paralisações, encerrando o ano em 23 de dezembro, com todo o calendário escolar cumprido. O professor Walace Soares de Oliveira, um dos nomes mais conhecidos na estrutura dos Ifro no Estado, comemorou também o que considerou importantes avanços da categoria dos mestres, conquistados durante a greve. Entre eles: a greve fez com que o governo mudasse sua visão de tentar encerrar de forma unilateral as negociações, mas o movimento conseguiu reverter essa situação e acabou conquistando, segundo Walace, “melhorias nas propostas apresentadas”; o avanço na luta por uma educação 100 por cento pública e  conquistas salariais, que estavam defasados há pelo menos seis anos. Há ainda um longo caminho pela frente, mas a greve, uma das maiores já registradas no serviço público brasileiro, acabou trazendo benefícios tanto para os professores e servidores em geral, como para os estudantes

 

PERSONALIDADES RECEBEM TÍTULO DE CIDADANIA E EMPRESAS E INSTITUIÇÕES VOTOS DE LOUVOR NA CÂMARA DA CAPITAL

Mais um grupo de pessoas que se destacam na comunidade, entidades e instituições, foram homenageadas pela Câmara Municipal de Porto Velho, por iniciativa do vereador Aleks Palitot. Três personalidades receberam o título de Cidadão de Porto Velho: o juiz Dimis do Couto Braga, a delegada Cheila Betoglio e o empresário Voacir Belini, diretor do Grupo Dismonza. Várias entidades e instituições receberam votos de louvor:  Dismonza Tintas, ACRECID - Banco do Povo de Rondônia, Associação Junior Achievement Rondônia, Guaporé Vidros, Água Mineral Minalinda, Mercado Compre Bem e o Grupo Rovema. Um dos homenageados foi o Banco do Povo, cujo presidente, Manoel Serra, que já tem o título de Cidadão de `Porto Velho desde 2021, foi às redes sociais, para agradecer o Voto de Louvor, à Câmara de Vereadores e a Aleks Palitot, a quem elogiou como sendo um representante atuante da comunidade de Porto Velho. Na semana passada, aliás, o Banco do Povo foi destaque em Brasília, quando os senadores Confúcio Moura, Jaime Bagattoli e Marcos Rogério, entre outras personalidades, divulgaram fotos recebendo uma publicação de prestação de contas da instituição, que hoje apoia e dá financiamentos a pequenos empreendedores de todo o Estado, num projeto cada vez melhor sucedido.

 

PERGUNTINHA

Em você também chegou a dar deu uma sensação de rubor, por sentir-se envergonhado, ao  assistir parte importante da mídia brasileira fazer um grande esforço para que seu público deduzisse que a tentativa de assassinato contra o ex-presidente Trump, pudesse ser apenas uma encenação?




Sérgio Pires
Opinião de Primeira, por Sérgio Pires

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