Sítio em São Paulo armazena material radioativo desde 1970

Sítio em São Paulo armazena material radioativo desde 1970

 

          Porto Velho, Rondônia - Na tranquila cidade de Itu, localizada no interior de São Paulo, um assunto tem gerado preocupações e debates há quase meio século. Conhecido pelos moradores como “lixo atômley” – um legado incômodo da década de 1970 –, o material radioativo estocado vem despertando questões de segurança e saúde pública.


Embora inicialmente armazenado de forma clandestina em um sítio no bairro rural de Botuxim, o resíduo agora enfrenta um processo de regularização. Distante cerca de 30 quilômetros do centro urbano, o local continha, até os últimos registros, 3,5 mil toneladas de Torta 2, um subproduto do tratamento de minério.

O que é a Torta 2 e como ela é armazenada?

O resíduo conhecido como Torta 2 provém do processo de separação de minerais pesados, proveniente, principalmente, do tratamento químico da monazita. Segundo a Indústrias Nucleares do Brasil (INB), essa substância possui baixa radioatividade, exigindo normas rigorosas para seu armazenamento.

As obras para acomodação do material radioativo na década de 1970 foram feitas em silos construídos de concreto, dentro de uma área cercada e bem protegida. De acordo com as regulamentações atuais, essa forma de armazenamento atende aos requisitos de segurança para proteção de trabalhadores e do meio ambiente.

Quem é responsável pelo monitoramento desses resíduos?

A responsabilidade pelo monitoramento da radiatividade do local recai sobre a Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Esta empresa, ligada ao governo federal, utiliza dosímetros para medir as radiações ionizantes no ambiente. Estes instrumentos são designados a pontos estratégicos do sítio para garantir a segurança.

Além da radiação, a INB também acompanha outros indicativos ambientais, como a queda de chuva e a qualidade das águas superficiais e subterrâneas, essenciais para prever qualquer necessidade de ação preventiva.

Qual o impacto na comunidade local?

Apesar da proximidade da área de armazenamento, os moradores locais parecem ter uma relação ambígua com o material estocado. Enquanto alguns expressam confiança nas medidas de segurança adotadas, outros mostram-se preocupados com a longa presença desses resíduos em Itu.

Um dos moradores, morando há mais de 16 anos perto do sítio, menciona que a presença do resíduo não altera sua rotina diária nem provoca inquietações significativas. No entanto, alguns residentes mais próximos do local expressaram descontentamento, principalmente devido ao aroma desagradável e à possível ameaça à saúde pública que o “lixo atômico” poderia representar.

Com o debate contínuo sobre a melhor maneira de lidar com a Torta 2, um componente que uma vez foi vital para a separação de elementos de rara significância, a comunidade de Itu e os órgãos responsáveis seguem na busca por uma solução que harmonize segurança ambiental, saúde pública e desenvolvimento regional.

Fonte: O Antagonista

da redação FM Alô Rondônia
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