CUSTO DE UM PARTO NA REDE PÚBLICA É PELO MENOS UMA VEZ E MEIA MAIOR DO QUE O MESMO SERVIÇO NA REDE PRIVADA

CUSTO DE UM PARTO NA REDE PÚBLICA É PELO MENOS UMA VEZ E MEIA MAIOR DO QUE O MESMO SERVIÇO NA REDE PRIVADA

 

OPINIÃO DE PRIMEIRA
                                                          A íntegra da coluna redigida por Sérgio Pires





CUSTO DE UM PARTO NA REDE PÚBLICA É PELO MENOS UMA VEZ E MEIA MAIOR DO QUE O MESMO SERVIÇO NA REDE PRIVADA

Todos os dias, a Maternidade Municipal de Porto Velho realiza pelo menos 25 partos. São 750 por mês. Ou seja, durante o ano, são pelo menos mais 9 mil porto-velhenses que chegam a este mundo. A Maternidade é um avanço no serviço de saúde, beneficiando milhares de mamães e seus bebês, com atendimento de qualidade e num prédio que de vez em quando é reformado. Como o foi recentemente, quando a Prefeitura da Capital teve que contratar serviços de hospitais privados para atender as parturientes, até que as obras estivessem totalmente concluídas. Quando fez as contas, o prefeito Hildon Chaves se surpreendeu. O custo mensal da Maternidade Mãe Esperança, para os cofres municipais, supera os 3 milhões e 500 mil reais/mês. Ou seja, cada um dos 750 nascimentos mensais, custa algo em torno de 4.666 reais, arredondando. Ora, como normalmente os serviços privados são bem mais caros, a Prefeitura se preparou para uma gastança, até que as obras da Maternidade fossem terminadas. Quando a conta chegou, a surpresa: o mesmo serviço que custou 3 milhões e meio no hospital público, foi realizado, com a mesma qualidade, no serviço em hospitais privados, ao custo total de pouco mais de 1 milhão e 500 mil reais, ou seja, quase uma vez e meia a menos. A história foi contada pelo próprio Hildon Chaves, durante sua participação no programa Papo de Redação, na Rádio Parecis FM. Ao conversar com os Dinossauros Everton Leoni, Jorge Peixoto, Sérgio Pires e com o convidado especial Erik Araújo, Hildon abordou vários temas, mas sem dúvida o que mais chamou a atenção foi essa diferença brutal de custos do serviço público para o privado. Uma média mensal de 750 partos, custar aos cofres públicos 2 milhões de reais a mais do que se fosse feito o mesmo serviço na rede privada. Não é de assustar?

No mesmo contexto da saúde pública, Hildon informou que os projetos para construção do Hospital Municipal, de 100 leitos estão todos prontos.  Disse ainda que há outros 100 milhões em emendas que também poderão ser liberados. Ele acredita que o Hospital porto-velhense,  que será construído ao lado da Maternidade, poderá ser construído em breve, dependendo da vontade do novo prefeito. O que ele aconselhou e disse que faria, caso fosse o mandatário da Capital, é privatizar todo o atendimento. Pelo exemplo da Maternidade, fica claro que os custos de um hospital, para os cofres do Município, serão muito menores se pagos para a iniciativa privada. O assunto merece estudos e análises profundas. Se funcionar com qualidade, por que gastar mais que o dobro do custo, se pagando o privado e ficando apenas com a fiscalização, além do pagamento, se pode oferecer um serviço com a mesma qualidade? Na verdade, não será algo fácil, porque a gente sabe que o lobby no setor público é imenso e pode derrubar governos.

 

 

PONTE BINACIONAL, ESPERADA HÁ 120 ANOS, VAI ATRASAR DE NOVO. TCU MANDA REINICIAR ANÁLISE DAS PROPOSTAS DA LICITAÇÃO

Era bom demais pra ser verdade! Poucos meses depois do governo brasileiro confirmar que ainda este ano iniciariam as obras da ponte binacional Brasil/Bolívia, em Guajará Mirim, o Tribunal de Contas da União mandou parar tudo e começar do zero a avaliação das propostas das empresas que participaram da licitação. Houve erro que teria  prejudicado um dos consórcios, alertou o TCU, na decisão anunciada nesta quarta-feira. O consórcio Mamoré foi eliminado da disputa porque não teria cumprido todas as exigências do edital. A obra então foi destinada ao Consórcio Construbase, que ofereceu um preço maior que a concorrente, estaria totalmente dentro do que pedia o edital. O Mamoré recorreu ao TCU, negando qualquer descumprimento do que pedia a licitação e o tribunal deu provimento parcial ao pedido, determinando que as análises das propostas, que participaram da concorrência, comecem do zero. O investimento na ponte está orçado entre 120 milhões e 125 milhões de reais. A obra, aguardada há mais de 120 anos, já que foi combinada pelo Tratado de Petrópolis, quando o Brasil ofereceu à Bolívia contrapartidas, para poder anexar o Acre ao território nacional.  A ponte foi projetada com 1.200 metros de extensão e a obra está prevista para ser concluída em 36 meses. Agora, já não se sabe quando a construção vai começar. Pode vir por aí uma longa batalha judicial.

 

PERTO DE 70 POR CENTO DO ELEITORADO DA CAPITAL NÃO SE ENVOLVEU AINDA COM A CAMPANHA E NÃO DECIDIU EM QUEM VOTAR

Tem muita fofoca, muita conversa fiada, cabos eleitorais de um lado e outro lançando Fake News; pesquisas que pouco acreditam dando resultados diferentes, ou seja, entre os candidatos e os que estão envolvidos na campanha, a movimentação é grande, na corrida pela Prefeitura de Porto Velho. Já tem também muita grana rolando. Então, qual o problema? Simples. O povo está alheio a tudo isso. A média de eleitores que ainda nem pensam em eleição e muito menos decidiram em quem vão votar, segundo números muito próximos de  todas as pesquisas, as que merecem crédito e as duvidosas, fica em torno de 70 por cento. A campanha só vai esquentar um pouco mais, quando começar o horário eleitoral gratuito, a partir desta sexta-feira. E vai ferver mesmo na reta final, principalmente na reta final, quando acontecerá o debate da SICTV/Record, sempre decisivo nas últimas eleições. O confronto entre os sete candidatos ocorrerá no sábado, 28 de setembro, uma semana antes da eleição e, certamente, influirá novamente, de forma decisiva, no voto do eleitor porto-velhense. Destacam-se também as sabatinas a que os candidatos serão submetidos, a partir do dia 9 de setembro, quando responderão perguntas dos Dinossauros do Rádio e da TV, liderados por Everton Leoni. Por enquanto, a campanha não está mobilizando o eleitor e só ferve da porta para dentro dos partidos.

 

ISAU MUITO FORTE EM JI-PARANÁ, MAS AFFONSO CÂNDIDO CRESCE COM O APOIO DOS BOLSONARISTAS

Se a campanha em Porto Velho tem uma tendência forte na direção da candidata Mariana Carvalho, apoiada por 12 partidos e com a maior e melhor estrutura, em Ji-Paraná, a disputa está acirrada. O atual prefeito, Isau Fonseca, que enfrenta mais um pedido de impugnação pelo Ministério Público, certamente ainda é o que tem mais chances de chegar à reeleição. Suas reuniões, em diferentes pontos da cidade, têm atraído muita gente e animado sua equipe de campanha. O nome do vice (o empresário Joarez Jardim), também tem ajudado. O governador Marcos Rocha e a primeira dama Luana Rocha, inclusive, gravaram um vídeo de apoio ao prefeito de Ji-Paraná, que disputa a eleição pelo partido dos Rocha, o União Brasil. Isau, portanto, está tranquilo? Nada disso. Seu principal concorrente está subindo muito entre o eleitorado da sua cidade.  Affonso Cândido, deputado estadual e um nome em ascensão na política rondoniense, tem o apoio dos bolsonaristas. Vídeos do ex-presidente pedindo votos para o parlamentar o acompanham em todas as reuniões. O senador Marcos Rogério, presidente regional da sigla e o senador Jaime Bagattoli, além de correligionário, amigo pessoal de Bolsonaro, estão tentando com que o nome mais quente do PL vá pessoalmente a Ji.-Paraná, para alavancar a campanha. Isau reúne mais lideranças, incluindo o PP, que normalmente seria aliado ao PL, mas mesmo assim Affonso Cândido tem crescido. Vamos ver o que as urnas decidirão!

 

QUEM SÃO OS ALIENÍGENAS QUE QUEIMAM, DESTRÓEM, CAUSAM DOENÇAS E NENHUM DELES É PEGO?

Quem passou a quarta-feira respirando fumaça, com as queimadas no entorno de Porto Velho, mas também em várias outras regiões do Estado, certamente lamentou que todas as promessas feitas pelas autoridades, não resultaram em absolutamente nada. Está muito mais fácil destruir balsas e dragas de garimpeiros pobres, do que prender pelo menos um dos criminosos responsáveis pelo que está acontecendo. Nada. Zero. Ninguém foi pego, algemado, levado para a execração pública, como se deveria fazer, porque este tipo de gente está se lixando para sua cidade e as milhares de pessoas que vivem nela. Ouve-se discursos poderosos, ameaças de medidas drásticas, decretos disso e decretos daquilo, mas não se vê nada de positivo na prática. Cada dia a situação está pior.  Parece que os incendiários são invisíveis. Escondem-se nas sombras, saem à noite, jogam querosene ou outro combustível nas matas e somem. Não se pega ninguém, mesmo com as centenas de policiais, bombeiros e membros de outras forças, trabalhando diuturnamente. Ora, quem são estes superpoderosos que andam livres pelas zonas rurais, destruindo partes inteiras de campos e floresta, sem que ninguém seja pego? São alienígenas? São seres que imolam o meio ambiente e somem como fumaça? Isso é vergonhoso!

 

CRISTIANE QUER O FIM DA GREVE DO INSS, COM ATENDIMENTO DOS PEDIDOS DOS SERVIDORES, PARA SERVIÇO SER NORMALIZADO

“Precisamos urgentemente dar um fim à greve, dar o aumento devido à categoria, contratar mais servidores, fazer justiça com os servidores do INSS e ajudar a população que tanto sofre. Meu pedido ao Ministro Carlos Lupi é claro, atender às demandas justas dos servidores, que há anos vêm sendo negligenciadas, pois o desfecho dessa greve não impactará apenas os trabalhadores do INSS, mas determinará também o futuro de milhões de cidadãos brasileiros, especialmente os mais vulneráveis”, O trecho é de discurso da deputada rondoniense Cristiane Lopes, defendendo o atendimento das reivindicações dos servidores do INSS, cuja greve se arrasta há longo tempo. Os salários muito baixos e o aumento do trabalho, já que a força de servidores foi reduzida de 24 mil para 19 mil, sem qualquer recomposição, causa graves prejuízos não só à categoria, como também à toda a população. Em documento enviado ao Ministro, Cristiana traz ainda à tona a realidade enfrentada pela população de Rondônia, detalhando os problemas vividos nas agências do INSS no seu Estado. Segundo ela, apenas 4 das 20 unidades estão em funcionamento, e mesmo assim, de forma precária, por causa da greve. “O cenário é ainda mais grave em localidades como Presidente Médici e São Miguel, onde as agências estão fechadas aguardando reforma. Em  Espigão e Buritis, foi a falta de servidores que resultou em portas cerradas, assim como em  Nova Mamoré, tudo afetado diretamente pela greve. Além disso, o Prevbarco, uma embarcação que deveria estar levando serviços essenciais às comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas do município de Costa Marques, está parada desde o mês de janeiro. Ainda não há previsão sobre o film da greve.

 

SOMOS QUASE NOVE MILHÕES DE BRASILEIROS A MAIS, HOJE, DO QUE ÉRAMOS PELO CENSO DO IBGE DE DOIS ANOS ATRÁS

          As informações são contraditórias, mas embora se diga que a população brasileira tende a diminuir, a partir de 2030, na verdade neste momento continuamos crescendo, segundo o IBGE. E crescemos muito. Em comparação a 2023, o percentual de aumento foi de nada menos do que 4,68 por cento . Chegamos a um total de 212 milhões e 500 mil habitantes nestas terras de Cabral, embora as famílias estão sendo reduzidas e os nascimentos estejam em constante queda, comparando-se, por exemplo, com as últimas duas décadas. Se formos comparar com o último censo oficial de 2022, o crescimento foi ainda maior. Naquela ocasião, o IBGE apontou que éramos 203.080.756, ou seja, em dois anos, teria aumentado o número em 12 milhões e 419 mil pessoas, cerca de 9,5 por cento. Nossa região norte, contudo, não cresceu neste ritmo. Tínhamos 17 milhões e 355 mil habitantes em 2022 e hoje, pelos números atualizados, crescemos menos de 1,5  por cento em dois anos. O Brasil tem 15 dos seus 5.570 municípios com mais de um milhão de habitantes, dos quais 13 são capitais. Ao todo, quase 43 por cento da população se concentra nestas grandes cidades, representando mais de 20 por cento do total. Os restantes 80 por cento se espalham pelas milhares de cidades interioranas, algumas com pouquíssimos habitantes, como Serra da Saudade, em Minas Gerais, a de menor número de habitantes do país, com apenas 833 pessoas.

 

BANDIDOS OSTENTAVAM ARMAS NAS REDES SOCIAIS E SEGURANÇA REAGIU COM OPERAÇÃO ENVOLVENDO MAIS DE 300 POLICIAIS

Com apoio do Ministério Público e do Judiciário, as forças policiais de Rondônia, mas também com participação de equipe do Acre, desencadeou uma das maiores operações dos últimos anos, envolvendo nada menos do que 350 membros da segurança pública, vindos de grandes forças, como a Polícia Militar como um todo; o Batalhão de Operações Especiais, Bope; Batalhão Especializado contra o Crime Organizado e serviços de Inteligência. Basicamente, a operação se realizou em Porto Velho e Rolim de Moura, para cumprimento de dezenas de mandados judiciais não só em residências particulares, como também dentro de presídios. Isso mesmo! Dentro de cadeias. Nelas, muitos detentos divulgavam vídeos (ué! Celular dentro das celas não é proibido?) e assim como o faziam asseclas, do lado de fora, mostrando armas potentes e tirando sarro da polícia. A ostentação vai custar caro aos criminosos, que imaginavam que não haveria reação. Os resultados da ação serão divulgados em breve e mesmo sempre tendo a lei a protegê-los, desta vez a tendência é que os criminosos se deem muito mal. A sugestão agora é que as mesmas forças policiais cerquem e tomem conta dos conjuntos populares, prendendo todos os membros de facções criminosas que mantém a população pobre e trabalhadora como refém. Só com a união de todas as forças, será possível tirar de circulação tanto bandido em Porto Velho.

 

PERGUNTINHA

Você sabia que dos 90 bilhões de reais prometidos pelo governo federal para ajudar na recuperação de mais de 470 cidades gaúchas destruídas ou atingidas na tragédia de maio passado, apenas  cerca19 bilhões já chegaram até meados do mês passado e assim mesmo como valores de antecipação de impostos a que o Estado teria  neste final de ano?

 



Sérgio Pires
Opinião de Primeira, por Sérgio Pires

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