Caso Deolane: Operação apreendeu 11 relógios Rolex em um só endereço e tem ao menos 1 foragido, diz polícia

Caso Deolane: Operação apreendeu 11 relógios Rolex em um só endereço e tem ao menos 1 foragido, diz polícia

 Investigadores apontam que quadrilha usou bets e outras empresas para ocultar origem ilícita de valores



         
eolane e sua mãe — Foto: Reprodução

Porto Velho, Rondônia - A Polícia Civil de Pernambuco detalhou em entrevista coletiva as investigações da Operação Integration, deflagrada nesta quarta-feira para apurar um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresas de apostas. O delegado-geral da Polícia Civil de Pernambuco, Renato Rocha, afirmou que a organização criminosa começou a usar plataformas de jogos — as conhecidas bets — que não atuavam regularmente no país para ocultar a origem ilícita de valores e estenderam o artifício para companhias de outros ramos.

Foram expedidos 19 mandados de prisão, e pelo menos um alvo está foragido. De acordo com Renato Rocha, nesta quarta foram apreendidas dezenas de imóveis, embarcações, aeronaves, entre outros veículos, além de valores e objetos — 11 relógios de luxo da marca Rolex de um só alvo, por exemplo.

Entre as pessoas presas na ação estão a empresária, advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, e a mãe dela, Solange Alves Bezerra Santos. O papel das duas na organização não foi detalhado. A família da influencer disse que ela foi detida por ligação com o site "Esportes da Sorte". O delegado Renato Rocha disse que a apuração começou em 2022, com uma apreensão de R$ 180 mil.

— É a terceira fase dessa operação. Basicamente, é um esquema voltado à lavagem de dinheiro, daí a denominação da operação. A lavagem, ela é divida em três fases: a colocação, a ocultação e a integração do dinheiro ao patrimônio daquelas pessoas envolvidas — afirmou Renato Rocha. — A ilegalidade dessa operação está linkada a jogos que não atuavam regularmente no país. As bets eram usadas pela organização criminosa e outras empresas para a lavagem do dinheiro ilícito.

Os investigadores não citaram os nomes dos alvos, mas explicaram que a organização criminosa se originou na atuação no campo de jogos ilegais. O grupo tinha a função de tornar "regularizado", de forma ilegal, o grande volume de dinheiro gerado a partir dessa atividade primária.

Esquema usava bets, empresas de eventos, seguros e mais

Os investigadores mapeavam o funcionamento de uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Segundo informações da polícia, a quadrilha usava empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio, seguros e outras companhias para ocultar a origem dos valores, por meio de depósitos e transações bancárias.

A prisão de Deolane foi confirmada em primeira mão à TV Globo, pela Polícia Civil de Pernambuco. De acordo com a corporação, a empresária foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste na cidade.

As irmãs de Deolane Bezerra afirmaram que vão provar a inocência dela e da mãe. Além da prisão da empresária, também foram expedidos outros 17 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.

Em Barueri, por exemplo, a Polícia Civil paulista apreendeu um carro de luxo num condomínio de alto padrão. Uma aeronave registrada em nome de uma empresa do cantor Gusttavo Lima foi recolhida pelos agentes em Jundiaí, no interior do estado.

A equipe do sertanejo afirma que o avião havia sido vendido. Os agentes também confiscaram, em Campina Grande, um helicóptero que estaria ligado ao empresário José André da Rocha Neto, da Vai de Bet, empresa cujo embaixador é Gusttavo Lima.

Além de bloqueios de ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões, a Justiça determinou a imposição de medidas cautelares como entrega de passaporte, suspensão do porte de arma de fogo e cancelamento do registro de arma de fogo.


Fonte: O GLOBO

da redação FM Alô Rondônia
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