'Patroa do PCC': saiba quem é líder de quadrilha do 'novo cangaço' treinada por CAC com arma de guerra

'Patroa do PCC': saiba quem é líder de quadrilha do 'novo cangaço' treinada por CAC com arma de guerra

 Elaine Souza Garcia é responsável pela negociação de drogas, armas e por receber retornos sobre assassinatos de rivais


Elaine Souza Garcia, a Patroa, é responsável pela negociação de drogas, armas e por receber retornos sobre assassinatos de rivais — Foto: Reprodução/PF

Porto Velho, Rondônia - A operação deflagrada na manhã de terça-feira contra criminosos do "novo cangaço" prendeu Elaine Souza Garcia, a Patroa, citada em documento do Ministério Público como uma das lideranças de uma quadrilha especializada na modalidade de roubo a bancos e empresas de valores em que os assaltantes dominam as cidades. Em vídeo, a mulher aparece treinando tiros com um fuzil sob orientação de um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). A suspeita é de que ela mantinha conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC) para articular os crimes.

Patroa é responsável pela negociação de drogas, armas e por receber retornos sobre assassinatos de rivais, de acordo com informações da Globonews. Um dos matadores que a ajudava a articular os crimes é o marido dela, Delvane Lacerda, o Pantera, também apontado como membro do PCC. Ele também foi preso durante a operação.

Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu que os principais fornecedores de armas, munições e explosivos utilizados pela organização criminosa são CACs. Na casa de um deles, foi encontrado, em cumprimento a mandados de busca e apreensão, um “verdadeiro arsenal bélico”, incluindo armamento pesado, com e sem registro, além de explosivos.

Estudante de direito

Estudante de direito, Patroa tinha acabado ser aprovada em um programa de estágio do Ministério Público de São Paulo (MPSP). A assinatura da posse que marcaria o início do estágio estava marcada para terça-feira (10), data em que ela foi presa, segundo informações da Globonews.

O GLOBO tenta contato com a defesa dos acusados. O espaço segue aberto para manifestação.

Entenda a operação

Em sua segunda fase, a Operação Baal foi realizada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo. Os mandados foram cumpridos na capital paulista e em Buri, no interior do estado.

Um dos alvos do mandado de prisão é um integrante de uma facção criminosa que permaneceu foragido de 2005 até 2024, quando acabou preso em outra investigação capitaneada pelo Gaeco de Campinas. Na ocasião, foram apreendidas armas de fogo, acessórios, munições, roupas camufladas e outros objetos comumente utilizados na prática de crimes ultraviolentos.

Depois da primeira fase da operação, em maio, o Ministério Público denunciou dezoito pessoas que se tornaram réus após o magistrado acolher as denúncias. Se condenados, os réus deverão arcar com R$ 5 milhões cada um a título de indenização por danos morais à coletividade.

A investigação teve início a partir de informações coletadas durante uma tentativa de roubo a uma base de valores ocorrida em abril de 2023, na cidade de Confresa (MT). Vários criminosos foram presos ou mortos no confronto com as forças de segurança, sendo que um deles residia em São Paulo e integrava a facção criminosa.

Depois do episódio, os policiais encontraram vídeos em que um dos CACs ministra aulas de tiro de fuzil para outro integrante da organização criminosa.


Fonte: O GLOBO
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