Games: aliados ou adversários da saúde mental?

Games: aliados ou adversários da saúde mental?

Créditos: depositphotos.com / NatashaFedorova


Cuidar da saúde mental é essencial nos dias de hoje, especialmente considerando o ritmo acelerado de nossas rotinas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma em cada oito pessoas enfrenta algum tipo de transtorno mental, que pode variar desde depressão, ansiedade até estresse pós-traumático. Entretanto, apenas um terço dessas pessoas consegue acessar algum tipo de tratamento adequado. Nesse cenário, iniciativas como o Setembro Amarelo se tornam imprescindíveis, pois ajudam a derrubar estigmas e ampliar o acesso aos tratamentos.

Terapias convencionais são importantes, mas diversas ferramentas alternativas também auxiliam no tratamento desses transtornos, sendo os games um exemplo surpreendentemente eficaz. A tendência ao isolamento social é frequentemente observada em indivíduos que sofrem de depressão e ansiedade. No entanto, a ideia de que os games são prejudiciais para tais indivíduos é desatualizada, pois baseia-se em modelos de jogos dos anos 1990 que não promoviam interações sociais.

Os Games podem realmente ajudar na saúde mental?

Com a evolução da tecnologia, os games modernos são majoritariamente sociais. Eles oferecem experiências multijogador que requerem comunicação, colaboração e muita interação entre os jogadores. Exemplos como League of Legends exigem uma coordenação constante entre os jogadores, cada qual assumindo um papel crucial. Essa interação pode ajudar as pessoas a desenvolver habilidades sociais essenciais.

Como os jogos incentivam as conexões sociais?

Além das chamadas de voz e chats, os games proporcionam o estabelecimento de novas amizades. Segundo a pesquisa “Mundo Infinito dos Games” feita em 2023 pela agência Live, 42% dos jogadores brasileiros relataram ter ampliado seus círculos sociais por meio dos games online. Estas novas conexões não são superficiais; muitas delas evoluem para vínculos de amizade duradouros fora do ambiente virtual.

  • Criação de comunidades: Pessoas com interesses comuns se reúnem e formam grupos.
  • Colaboração e trabalho em conjunto: Jogadores desenvolvem habilidades de cooperação.
  • Intercâmbio cultural: Contato com pessoas de diferentes partes do mundo amplia horizontes.

O papel dos jogos narrativos na saúde mental

Além de promover a socialização, os games narrativos funcionam como um escape saudável da realidade. Jogos como Star Wars – Outlaws oferecem histórias imersivas que ajudam a aliviar o estresse e proporcionar relaxamento mental. Tais experiências são comparáveis a ler um bom livro ou assistir a um filme profundo, permitindo que os jogadores reflitam sobre suas próprias vidas a partir de uma nova perspectiva.

  1. Imersão em histórias complexas: Ajuda a desenvolver empatia e compreensão.
  2. Famílias e dramas de relacionamento: Jogos exploram temas universais que ressoam com os jogadores.
  3. Capacitação para resolução de problemas: Habilidades desenvolvidas nos games podem ser aplicadas em problemas reais.

Games, terapia e tratamento: uma combinação poderosa

Embora os games não substituam tratamentos médicos e psicológicos, eles certamente complementam essas práticas. Estudos mostram que os jogos aceleram o desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas e sociais. Quando combinados com tratamentos direcionados, eles oferecem um potencial tremendo para ajudar indivíduos a entender e lidar com transtornos mentais de maneira saudável.

Os games, inicialmente vistos apenas como hobbies, evoluíram para se tornarem componentes fundamentais nas nossas vidas. A pesquisa continua a destacar seus benefícios na promoção da saúde mental, mostrando que, longe de serem apenas uma distração, eles são ferramentas poderosas na jornada para uma mente mais saudável.

TBN


Postar um comentário (0)
Postagem Anterior Próxima Postagem
Aos leitores, ler com atenção! Este site acompanha casos Policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda - se ao leitor critério ao analisar as reportagens.