Mesmo lucrando bilhões, Bradesco desrespeita clientes ao fechar agências e demitir funcionários

Mesmo lucrando bilhões, Bradesco desrespeita clientes ao fechar agências e demitir funcionários

 Ao final de junho de 2024, o Bradesco contava com 84.711 empregados, uma redução de 573 postos de trabalho em doze meses e de 923 postos comparado ao trimestre anterior.





O Bradesco é um dos maiores bancos privados do país e, a exemplo do que acontece nos demais, continua lucrando sem parar, como confirmou o estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) mostrando um Lucro Líquido Recorrente de R$ 8,927 bilhões do Bradesco no primeiro semestre de 2024, alta de 1,5% em relação ao mesmo período de 2023.

Ao final de junho de 2024, o Bradesco contava com 84.711 empregados, uma redução de 573 postos de trabalho em doze meses e de 923 postos comparado ao trimestre anterior. Em doze meses, foram encerradas 277 agências e 78 transformadas em unidades de negócio, totalizando 2.510 agências e 809 unidades de negócios. O número total de clientes do banco cresceu em 0,9 milhão no semestre, atingindo 72,9 milhões de clientes.

E este quadro aterrorizante se repete em Rondônia, com o fechamento de 16 agências em todo estado desde que Ivone Colombo assumiu como presidenta do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), em julho de 2022 (veja quadro abaixo).

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“É uma realidade cruel que existe há anos nos bancos, principalmente nos privados. E no Bradesco a situação é ainda mais caótica e desumana, pois o banco demite principalmente funcionários antigos e que adoeceram exatamente por conta da pressão e assédio moral contínuos gerados com a cobrança de metas inatingíveis por décadas. E para piorar, quando o banco demite, os poucos funcionários remanescentes também acabam adoecendo, pois tem que se virar em dois ou três para atender uma demanda ainda maior deixada com a demissão dos seus colegas. E lá adiante, quando adoecerem, também serão os alvos preferidos do banco para novas demissões. É um ciclo de terror, medo e insegurança que não acaba nunca”, descreve Ivone Colombo, que é funcionária do Bradesco.

“Estamos permanentemente protestando contra o fechamento de agências e contra a redução dos postos de trabalho no Bradesco, seja por meio de ofícios enviados ao Ministério Público do Trabalho (MPT) seja com reuniões feitas com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), denunciando este completo descaso e desrespeito do Bradesco com os trabalhadores e com a sociedade em geral, a exemplo dos muitos aposentados que recebem seus benefícios pelo Bradesco e, muitas vezes, se deparam com agências fechadas ou até mesmo terminais de autoatendimento desativados, como aconteceu recentemente em agências da capital”, concluiu a dirigente.

Por Rondineli Gonzalez

da redação FM News Rondônia

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