Segundo especialista, caso esses entes não tenham dinheiro em caixa para pagar despesas no início do próximo ano
O que chama atenção é o fato de esses mesmos entes estarem impedidos de ter acesso à verba do FPM há mais de um mês. Ou seja, desde o dia 30 de setembro essas 13 cidades não recebem valores do fundo. Pelo menos 5 delas, como Penaforte (CE) e Canarana (MT), por exemplo, não contam com esses recursos desde a segunda parcela de setembro, repassada no dia 20 daquele mês.
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Segundo o especialista em orçamento público Cesar Lima, há uma possibilidade de esses municípios terem alguma pendência a resolver com a União, seja previdenciária, ou por não cumprimento de compromissos fiscais.
Além disso, Lima explica que, como a partir do próximo ano começa uma nova legislatura municipal, a falta de resolução dessas pendências pode fazer com que os atuais prefeitos dessas cidades respondam a processos administrativos, caso não haja dinheiro suficiente em caixa para o início do próximo mandato. Segundo ele, isso pode causar, inclusive, inelegibilidade.
“Para os próximos gestores, é um complicador em termos de falta de recursos. Para os gestores que estão saindo, isso pode acarretar consequências mais graves, porque a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) prevê que esses gestores que estão saindo deixem recursos suficientes no caixa, para pagar as contas do início do ano que vem”, destaca.
Nas eleições municipais deste ano, 7 dos 13 municípios bloqueados terão novos prefeitos, ou seja, não tiveram candidatos ao Executivo local reeleitos.
Confira a lista dos municípios bloqueados para recebimento do FPM
BELA CRUZ (CE) – (REELEIÇÃO)
PENAFORTE (CE) - (SEM REELEIÇÃO)
ITAUÇU (GO) - (REELEIÇÃO)
ITINGA DO MARANHÃO (MA) - (SEM REELEIÇÃO)
VILA NOVA DOS MARTÍRIOS (MA) - (REELEIÇÃO)
CATAS ALTAS DA NORUEGA (MG) - (REELEIÇÃO)
JEQUERI (MG) - (SEM REELEIÇÃO)
TAPIRA (MG) - (REELEIÇÃO)
CANARANA (MT) - (SEM REELEIÇÃO)
CAPITÃO DE CAMPOS (PI) - (SEM REELEIÇÃO)
MONTE ALEGRE DO PIAUÍ (PI) - (REELEIÇÃO)
GUARAQUEÇABA (PR) - (SEM REELEIÇÃO)
CABO FRIO (RJ) (SEM REELEIÇÃO)
Para desbloquear o repasse, o gestor público deve identificar o órgão que determinou o congelamento. Em seguida, deve conhecer o motivo e regularizar a situação. Vale lembrar que a prefeitura não perde os recursos bloqueados de forma definitiva. Eles ficam apenas congelados enquanto as pendências não são regularizadas.
Por BRASIL 61
da redação FM Rondôniadinamica