Homem de 42 anos se distanciou da al-Qaeda e agora prega pluralismo e tolerância
Neste domingo (8), insurgentes tomaram o controle de Damasco, capital da Síria, e declararam a queda do regime de Bashar al-Assad. O líder da ofensiva, Abu Mohamed al-Golani [alguns portais escrevem al-Jolani ou al-Jawani], anunciou a vitória em um comunicado oficial.
“Oh, meus irmãos revolucionários, orem a Deus para lhe agradecer pela vitória que nos deu através dos seus braços”, disse al-Golani.
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Al-Golani, que tem 42 anos, nasceu em Riade, na Arábia Saudita, mas sua família é originária de Golã, área pertencente ao território de Israel. Ele ganhou destaque por sua estratégia militar e por seu trabalho para remodelar a imagem do grupo extremista que lidera, o “governo de salvação”.
Nos últimos anos, o líder distanciou-se da al-Qaeda e buscou aproximar seu discurso das minorias étnicas e religiosas do país. Com uma retórica que prega pluralismo e tolerância, ele tenta conquistar apoio interno e reconhecimento internacional.
Segundo o site Times Of Israel, o combatente já foi rotulado como terrorista pelos Estados Unidos que ofereceram uma recompensa de 10 milhões (aproximadamente R$ 60 milhões) por informações que levassem à sua captura. Apesar de celebrar a conquista da Síria, al-Golani ainda não apareceu em público.
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