Operação Dionísio investiga fraudes e supressão de documentos envolvendo servidores da Sejucel
Nesta sexta-feira (13), o governador de Rondônia, Marcos Rocha, comentou sobre a prisão preventiva de Lourival Júnior Lopes, ex-secretário da Secretaria Estadual da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel). A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa após o desdobramento da segunda fase da Operação Dionísio, conduzida pelo Ministério Público de Rondônia (MP/RO).
A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e Combate à Corrupção (GAEPP) em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Centro de Atividades Extrajudiciais (Caex) e a Polícia Civil.
O governador destacou o impacto da notícia e reiterou a importância do respeito aos princípios legais.
"Recebemos a informação de que ele deveria ser afastado das funções, juntamente com outros profissionais que atuam na Sejucel. Foi uma surpresa para mim, e agora veio também a prisão de Júnior Lopes, que é um jogador conhecido em Rondônia, tendo passado por vários times. Porém, é importante lembrar que todos os brasileiros têm direito à ampla defesa e ao contraditório. Aproveito para reforçar a necessidade de cuidado com os processos, especialmente quando envolvem recursos públicos. Este é um governo sério, e seguiremos apoiando as investigações. Cada um responde pelo seu CPF. Espero pela inocência de Júnior Lopes e de outros envolvidos, mas precisamos entender que a justiça tem liberdade para atuar, e o Governo do Estado de Rondônia apoia integralmente a justiça", afirmou Marcos Rocha.
O delegado do Gaeco, Anderson Batista, explicou os objetivos da operação e a necessidade das medidas cautelares.
"A operação deflagrada hoje é um desdobramento das ações realizadas no dia 28. As medidas cautelares foram todas autorizadas pelo Poder Judiciário, com base em indícios consistentes de fraude e supressão de documentos. A investigação corre sob sigilo de justiça, e, infelizmente, não podemos fornecer detalhes específicos. As medidas incluem a apreensão de dispositivos eletrônicos e documentos, além do afastamento de outros servidores públicos que, em tese, teriam colaborado com a fraude processual", detalhou o delegado.
A Operação Dionísio segue investigando possíveis irregularidades cometidas por membros da Sejucel, reforçando o compromisso do Ministério Público e da Polícia Civil com a transparência e a legalidade.
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