Republicano disse que acordo entre Israel e Hamas é fruto de sua "vitória histórica" nas eleições dos EUA
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou na tarde desta quarta-feira (15) sobre o tão aguardado acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Em postagem na sua rede social Truth Social, ele chamou a resolução de “épica” e frisou que ela “só poderia ter acontecido como resultado” de sua “vitória histórica” nas eleições presidenciais de novembro.
No texto, o republicano afirma que seguirá trabalhando para “promover a paz através da força” no Oriente Médio e para garantir que Gaza “nunca mais se torne um porto seguro para terroristas”.
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– Este acordo de cessar-fogo épico só poderia ter acontecido como resultado da nossa vitória histórica em novembro, pois sinalizou ao mundo inteiro que a minha administração procuraria a paz e negociaria acordos para garantir a segurança de todos os americanos e dos nossos aliados. Estou emocionado porque os reféns americanos e israelenses poderão retornar para casa para se reunirem com suas famílias e entes queridos – ressaltou.
– Com este acordo em vigor, a minha equipa de Segurança Nacional, através dos esforços do Enviado Especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, continuará a trabalhar em estreita colaboração com Israel e os nossos aliados para garantir que Gaza nunca mais se torne um porto seguro para terroristas. Continuaremos a promover a paz através da força em toda a região, à medida que aproveitamos o impulso deste cessar-fogo para expandir ainda mais os Acordos Históricos de Abraham – acrescentou.
Trump disse ainda que esse é “apenas o começo de grandes coisas que estão por vir para a América e, de fato, para o mundo!”.
– Conseguimos muito mesmo sem estar na Casa Branca. Imaginem todas as coisas maravilhosas que acontecerão quando eu voltar à Casa Branca e a minha administração estiver totalmente confirmada, para que possam garantir mais vitórias para os Estados Unidos! – finalizou.
ACORDO
Anunciada nesta quarta-feira, a resolução será implementada em ao menos três fases que devem durar no total 42 dias. Na primeira, o Hamas se compromete a libertar cerca de 33 reféns, priorizando mulheres e doentes, de três em três pessoas. De acordo com informações do governo israelense, o Hamas mantém atualmente 94 pessoas em cativeiro, sendo que 30 delas morreram. Os corpos serão devolvidos a Israel.
O governo israelense, por sua vez, também libertará prisioneiros de guerra palestinos. Estima-se que o número de palestinos que serão soltos ultrapasse mil indivíduos. Após 16 dias, mais reféns israelenses serão devolvidos para suas famílias.
Nesse processo, o governo de Netanyahu retirará seus soldados do território palestino, mas os manterá na fronteira e também no corredor Filadélfia, que separa a Faixa de Gaza do Egito, área estratégica para as operações militares. Esse foi um dos pontos que travou as negociações, pois o Hamas queria uma retirada completa.
O acordo foi firmado por meio dos esforços não apenas do governo estadunidense atual, presidido por Joe Biden, mas principalmente pelo governo eleito de Donald Trump, que se engajou nas negociações por meio de seu enviado especial no Oriente Médio e pressionou pelo fim do conflito antes da posse presidencial em 20 de janeiro. O governo do Catar e do Egito também contribuíram para a conquista do cessar-fogo.
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