Falta de mão de obra qualificada é a maior ameaça apontada pelo setor de Consumo no Brasil, diz pesquisa

Falta de mão de obra qualificada é a maior ameaça apontada pelo setor de Consumo no Brasil, diz pesquisa

 


       Luciana Medeiros, sócia e líder do setor de Consumo na PwC Brasil

Porto Velho, RO - A falta de trabalhadores qualificados é apontada por 41% dos CEOs de empresas de consumo no Brasil como o maior risco para os negócios em 2024. O dado integra a 28ª edição da Global CEO Survey, da PwC, que ouviu mais de 4.700 líderes em 100 países. Além da preocupação com mão de obra, o estudo destaca projeções econômicas moderadas, investimentos em inteligência artificial e pressão por reinvenção empresarial.

  • Projeções econômicas mostram otimismo moderado

No setor de consumo, 62% dos CEOs brasileiros preveem aceleração da economia local neste ano, índice abaixo da média nacional de 73%. Em relação ao cenário global, 59% esperam crescimento, próximo da média mundial de 58%, mas inferior aos 68% da perspectiva geral do país.

  • Riscos além da mão de obra

A segurança cibernética surge como segunda maior ameaça, mencionada por 31% dos entrevistados. Para Luciana Medeiros, sócia da PwC Brasil, “a escassez de qualificação domina o debate, reduzindo o foco em outros desafios, como disrupções tecnológicas”.

  • Reinvenção empresarial é necessária

Um terço dos CEOs do setor (33%) acredita que seus negócios não sobreviverão uma década sem mudanças. O percentual é menor que a média nacional de 45%, mas reforça a urgência de adaptação. Como resposta, 59% das empresas planejam ampliar equipes em 2024.

  • Inteligência artificial ganha espaço

Entre as estratégias de transformação, 63% dos líderes relatam ganhos de eficiência no tempo de funcionários com IA generativa. Além disso, 82% investirão na tecnologia para capacitação de equipes. Apesar de resultados modestos em receita (34%) e lucratividade (31%), 57% esperam impacto positivo na rentabilidade em 2024.

“A IA está presente desde a gestão de estoques até a experiência do cliente”, afirma Medeiros. Atualmente, 51% dos CEOs confiam na integração da tecnologia em processos-chave.


  • Diversificação de mercados ainda é limitada

Apenas 33% das empresas de consumo no Brasil entraram em novos setores nos últimos cinco anos, contra 45% da média nacional. Expansões incluem serviços financeiros, bem-estar e e-commerce. No entanto, a concorrência segue intensa.

“Empresas de outros ramos podem facilmente ingressar no setor de consumo, pressionando os players tradicionais”, explica Medeiros.

  • Sustentabilidade influencia remuneração executiva

Para 62% dos CEOs do setor no Brasil, parte da remuneração variável está vinculada a métricas de sustentabilidade. Iniciativas de baixo impacto climático reduziram custos para 51% das empresas. O índice, porém, está abaixo da média nacional de 69%, sinalizando oportunidades de avanço.

Dados completos da pesquisa estão disponíveis no site da PwC.

Fonte: Carta Capital


da redação FM Alô Rondônia

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