O estado de São Paulo tem enfrentado um aumento significativo nos casos de febre amarela em 2025. Registros indicam oito casos e quatro mortes apenas no início do ano, um número que supera o total de 2024. A maioria dessas infecções está concentrada em cidades como Socorro, Joanópolis e Tuiuti, além de um caso importado de Minas Gerais.
A febre amarela silvestre, que é a forma mais comum no Brasil, se tornou uma preocupação crescente para as autoridades locais. O risco da doença não se limita apenas aos moradores dessas áreas, mas também a turistas que frequentam regiões de mata, como acampamentos e trilhas. A vacinação tem se mostrado essencial para evitar a propagação da doença, especialmente em áreas de risco.
Quais são os principais riscos e como eles estão sendo combatidos?
A febre amarela é uma doença transmitida por mosquitos, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os principais vetores na forma silvestre. A doença pode ter sintomas graves, como febre alta, calafrios e dores no corpo. A infeção tem uma letalidade elevada quando não tratada adequadamente, o que reforça a importância de medidas preventivas. O aumento das infecções também se deve, em parte, à baixa cobertura vacinal na população. Atualmente, apenas 80% dos paulistas estão imunizados.
Como a vacinação está contribuindo para controlar a febre amarela?
Em resposta aos números alarmantes, a Secretaria de Saúde de São Paulo solicitou ao Ministério da Saúde mais 6 milhões de doses da vacina. O esforço visa ampliar a imunização na região metropolitana e em áreas mais afetadas. A meta é alcançar 95% de cobertura vacinal, acima dos atuais 80%. A vacina, oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é fundamental na prevenção da febre amarela.
Desde 2017, o Brasil adotou a estratégia de uma única dose ao longo da vida, em conformidade com recomendações internacionais. Crianças com menos de cinco anos recebem duas doses, enquanto adultos necessitam apenas de uma. A vacina deve ser tomada com antecedência de pelo menos 10 dias em relação a viagens para áreas de risco.
Quais são os desafios para erradicar a febre amarela em áreas urbanas?
A última ocorrência urbana da febre amarela no Brasil foi em 1942, e desde então, todos os casos registrados são de transmissão silvestre. O desafio atual é evitar que o ciclo urbano se reinstale, o que demandaria esforços adicionais de controle vetorial e educação em saúde. Mudanças ambientais e a redução na imunização são fatores que representam riscos potenciais.
A campanha informativa liderada pela Secretaria de Saúde visa conscientizar os cidadãos sobre a importância da vacinação e incentivar a adesão aos programas de imunização. Medidas preventivas e a colaboração entre governo e sociedade são cruciais para proteger a população e conter o avanço da febre amarela no estado.
TBN - LiviaMyth
da redação F/M