Coluna CH / 4 de março
Aos trancos e barrancos, a atual gestão da estatal Correios fechou mais um mês sob impressionante resultado negativo em suas contas. De acordo com indicadores e levantamento internos, aos quais esta coluna teve acesso, a empresa registrou outra vez prejuízo de cerca de meio bilhão de reais em fevereiro, resultado semelhante ao rombo verificado no primeiro mês do ano. Para piorar, a receita estimada em fevereiro, de R$1,2 bilhão, é bem inferior à receita de R$1,4 bilhão em janeiro. Veja:
Rombo de R$5 bi
Estimativa otimista dos técnicos aponta para prejuízo de mais de R$5 bilhões ao final de 2025, quase 40% maior que o rombo do ano passado.
Malddad custou caro
A diretoria dos Correios atribuiu o prejuízo de R$3,2 bilhões em 2024 à “taxação das blusinhas” pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda).
Tabuada neles
Ministro sabe fazer Malddad, mas não sabe fazer contas: taxar pobre que compra blusinhas rendeu R$1,4 bilhão. E gerou rombo de R$3,2 bilhões.
O fim do caminho
Além do rombo de R$500 milhões de janeiro, a coluna revelou também em primeira mão que os Correios negocia contrair dívidas de R$4,7 bi.

Senado teve só um dia de trabalho este ano
O pagador de impostos já bancou mais de R$733 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais este ano, de acordo com o impostômetro da Associação Comercial de São Paulo, mas, enquanto isso, no Senado, houve apenas um dia de trabalho. E não inclui a eleição para os novos presidentes e integrantes das mesas diretoras das casas do Congresso, realizada no sábado 1º de fevereiro, como determina a Constituição.
São uns folgados
O plenário do Senado realizou só uma sessão deliberativa, dia 19. No dia 20, fez sessão para comemorar aniversário de uma consultoria.
Pouco melhor
A Câmara realizou em fevereiro seis sessões deliberativas presenciais, para votação de projetos pouco relevantes, e cinco “semipresenciais”.
Interesse único
O destaque do mês foi o rateio de cargos no Senado e na Câmara, onde o ano só irá começar na próxima terça (11), após o feriadão do Carnaval.
Dom da onipresença
O ex-deputado Deltan Dallagnol se revelou espantado, em seu canal de Youtube, com a notícia de que Alexandre de Moraes atuou na malcriação do Itamaraty contra os EUA e no projeto assinado por Paulinho da Força retaliando estrangeiros que acusem abusos de autoridades brasileiras.
Um quinto do Brasil
A fortuna pessoal do empresário Elon Musk, segundo ranking do Wall Street Journal divulgado nesta segunda-feira (3), é de US$420 bilhões, ou R$2,5 trilhões, quase 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
‘Anora’ mereceu
Só no Brasil houve surpresa com “Ainda Estou Aqui”, um grande filme, aliás, ter levado apenas um dos três Oscar esperados. O que não surpreendeu, em Hollywood, foi “Anora” haver arrebatado quatro: Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor, Melhor Roteiro e Melhor Montagem
Era refém
Presidente da Comissão de Orçamento, o deputado Julio Arcoverde (PP-PI) admitiu que o Orçamento, que está quase três meses atrasado, será “destravado” após o STF avalizar o acordo entre Executivo e Legislativo.
Anote para cobrar
A Instituição Fiscal Independente, órgão do Senado, prevê que a taxa básica de juros (Selic) vai encerrar este ano em 14,25%, mas chuta queda de 2,5 pontos até o final de 2026, quando a taxa seria de 11,75%.
Futurologia
O último Boletim Focus de fevereiro de 2023 previa o dólar a R$5,30 em 2025. Ontem chegou a R$5,92. A publicação semanal do Banco Central leva em consideração previsões de mais de 100 instituições financeiras.
Ministério carnavalesco
As ministras Macaé Evaristo (Direitos Humanos), que Lula não recebe; Anielle Franco (Igualdade Racial), vítima de assédio sexual de colega; Cida Gonçalves (Mulheres), acusada de assedio moral, e a pleonástica Sonia Guajajara (Povos Indígenas) foram ao desfile na Mangueira.
Fux, 14
O ministro Luiz Fux completou 14 anos no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (3). Assumiu o cargo em 2011, indicado por Dilma Rousseff e tem três anos antes de aposentar, em abril de 2028.
Pensando bem...
...é Carnaval, mas na Praça dos Três Poderes é ainda Réveillon.
Cláudio Humberto
PODER, POLÍTICA E BASTIDORES