Porto Velho, Rondônia - O presidente francês, Emmanuel Macron, enfatizou, na manhã de segunda-feira, 7 de abril, a necessidade de uma mudança significativa na governança da Faixa de Gaza, insistindo que o Hamas deve ser completamente excluído do processo.
Esta declaração foi feita após sua visita ao novo Museu Faraônico no Cairo e um passeio noturno pelo famoso souk al-Khalili, acompanhado pelo presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi.
Recebido com honras militares no palácio presidencial de al-Ittihadiya, Macron se reuniu com al-Sissi para discutir a situação atual na Faixa de Gaza, onde os bombardeios israelenses foram retomados.
Contra realocação dos palestinos
O Egito expressa preocupação sobre as propostas dos Estados Unidos que sugerem a realocação de mais de 2 milhões de palestinos para o deserto do Sinai, uma região que Macron visitou na terça-feira, 8, novamente acompanhado pelo líder egípcio.
“Nos opomos firmemente a qualquer transferência populacional e à anexação tanto de Gaza quanto da Cisjordânia”, afirmou Macron.
Ele ressaltou que tal movimento não apenas violaria os direitos dos palestinos, mas também comprometeria a estabilidade do Egito.
O presidente francês compartilha das preocupações levantadas por al-Sissi e reafirmou seu rechaço ao plano proposto pelo ex-presidente Trump, que visava transformar Gaza em uma “Riviera do Oriente Médio”.
Israel: controvérsias em torno da demissão do chefe do Shin Bet
A Suprema Corte de Israel iniciou, na manhã desta terça-feira, 8, uma audiência pública para discutir os recursos apresentados contra a decisão do governo de Netanyahou que resultou na destituição de Ronen Bar, chefe da Agência de Segurança Interna (Shin Bet).
A sessão foi rapidamente interrompida devido a distúrbios na plateia, sendo retomada posteriormente sem a presença do público.
Em uma carta dirigida à Suprema Corte, Ronen Bar sugere que as motivações por trás de sua demissão estão mais relacionadas à sua disposição de desafiar o primeiro-ministro Benyamin Netanyahou do que a qualquer questão de competência profissional.
Após o anúncio da demissão de Bar no dia 21 de março, cinco recursos foram protocolados em um curto espaço de tempo.
A Corte determinou a suspensão da decisão até que a audiência fosse realizada. O presidente da Corte, Yitzhak Amit, conduziu a sessão em Jerusalém, acompanhado por dois outros juízes.
A demissão de Ronen Bar, que segundo Netanyahou perdeu toda a confiança do governo, é contestada não apenas pela oposição política, que vê no ato um sinal de autoritarismo crescente, mas também pela procuradora-geral Gali Baharav-Miara, que qualificou a decisão como “fundamentalmente viciada” e marcada por um conflito de interesses envolvendo o primeiro-ministro.
As ações recentes do governo Netanyahou, incluindo a demissão do chefe do Shin Bet e tentativas de destituir a procuradora-geral, assim como o retorno ao conflito em Gaza após um período de trégua, reacenderam os protestos contra a administração, acusada pela oposição de tendências ditatoriais.
Fonte: O Antagonista
da redação FM