Após denúncias de supostos crimes ambientais no aterro privado de Porto Velho, a Câmara Municipal envia membros nesta quinta-feira (25), ao local administrado pela empresa Amazon Fort, localizado no km 16 da BR-319, sentido Humaitá. No último dia 16, um grupo de parlamentares esteve visitando as lagoas de tratamento e as montanhas de lixo entulhadas pela firma. Os vereadores Devonildo Santana, Fernando Silva, Breno Mendes e Thiago Tezzari classificaram o que viram como alarmante, mas entenderam que havia necessidade de acompanhamento técnico e a produção de um relatório para tomar uma real decisão sobre o assunto.
Fernando Silva entende que Porto Velho está perdendo renda e geração de emprego com a falta de coleta seletiva. O material, segundo ele, é todo misturado. “Esse tipo de material poderia estar sendo reciclado. Porto Velho está perdendo renda porque poderíamos estar gerando emprego”, disse o vereador, lembrando que os moradores da Vila Princesa viviam da revenda de materiais da coleta seletiva.
Devonildo Santana relatou a gravidade do material encontrado misturado em suas redes sociais. Ele filmou “canetas de Ozempic” descartadas. Essas chamadas canetas são semelhantes a seringas com agulhas para doses do remédio para combater diabetes.
Câmara dividida
Mas desde a última visita ao aterro sanitário, a Câmara está dividida. No último dia 16, todos estavam certos da realização de um relatório e eventual responsabilização dos culpados pelos supostos crimes ambientais. Mas hoje ninguém sabe ao certo quem realmente vai ao local na visita oficial. Tezzari e Fernando Silva confirmaram. Mas o vereador Marcos Combate, que fez a denúncia contra a Amazon Forte e foi até barrado quando foi ao local, ficou calado nos últimos dias.